A Méliuz, uma empresa conhecida por suas operações de cashback, fez uma compra significativa de 9,01 Bitcoins na quarta-feira passada, totalizando cerca de US$ 1,01 milhão, ou R$ 5,5 milhões. Cada Bitcoin saiu por um preço médio de US$ 112.172. Agora, a empresa detém um total de 604,69 Bitcoins, com um custo médio de US$ 103.323 por unidade.
Esta aquisição foi feita com recursos que vêm diretamente das operações da empresa, ou seja, dinheiro gerado pelo próprio negócio. O que sobrou, depois de garantir o caixa operacional mínimo, foi usado para comprar a criptomoeda. Israel Salmen, o fundador e presidente do conselho do Méliuz, ressaltou a relevância dessa estratégia, destacando que a companhia é autossuficiente, cresce continuamente e não tem dívidas.
Recentemente, o banco americano JPMorgan registrou um documento para a emissão de ADRs do Méliuz na Bolsa de Valores dos EUA. Embora esses papéis não sejam negociados nas grandes bolsas, como a NYSE ou a Nasdaq, eles estão disponíveis no OTCQX, uma plataforma de mercado de balcão.
Estratégia com Bitcoin
Em março, a Méliuz já tinha despertado a atenção do mercado ao anunciar sua estratégia de tesouraria, que inclui a compra de Bitcoins. Naquela ocasião, a empresa adquiriu 45 unidades da criptomoeda. Desde então, em maio e junho, a proposta de aumentar a quantidade de caixa em Bitcoin foi aprovada pelos acionistas. Antes da nova compra, a Méliuz já era a maior detentora de Bitcoin entre as empresas de capital aberto na América Latina, com 596 unidades. Agora, ocupa a 54ª posição no ranking do site Bitcoin Treasuries.
Apesar de ter enfrentado uma queda de cerca de 17% nos últimos 30 dias, as ações da Méliuz (CASH3) tiveram um crescimento expressivo de 71% em 2025 até o início de setembro. Esse resultado positivo é, em boa parte, atribuído a essa nova estratégia de aquisição de Bitcoins.
