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Memecoins como fontes de informação, diz fundador da Polychain

As memecoins são aquelas criptomoedas que, à primeira vista, parecem ser apenas uma moda passageira, surgindo a partir de memes e tendências da internet. Muitos as veem como apostas arriscadas e especulativas. Porém, Olaf Carlson-Wee, fundador da Polychain Capital, discorda dessa visão simplista. Para ele, essas moedas trazem algo mais significativo do que um simples jogo financeiro.

Em uma entrevista ao Fortune’s Crypto Playbook, ele destacou que as memecoins estão se integrando à cultura popular e têm potencial para mudar a maneira como consumimos informações no dia a dia. Carlson-Wee, que foi um dos primeiros funcionários da Coinbase e um verdadeiro entusiasta do Bitcoin, observa que essas criptomoedas costumam surgir em resposta imediata a eventos que viralizam nas redes sociais. Ele acredita que elas têm poder para moldar comportamentos online, atuando não apenas como investimentos, mas como verdadeiros canais de comunicação.

Um exemplo curioso que ele deu foi o de uma pessoa que ficou sabendo da morte do Papa Francisco através de uma memecoin. Embora seja uma situação particular, mostra que esse fenômeno ultrapassa a mera especulação.

Com plataformas como a Pump.fun, criar uma memecoin ficou muito mais fácil, gerando milhares de novas moedas diariamente. Enquanto a maioria delas não tem um valor real, algumas chegam a alcançar capitalizações de mercado de bilhões.

Memecoin como informação

Carlson-Wee vê as memecoins como parte de uma mudança cultural. Ele acredita que estão transformando a maneira como interagimos com notícias e tendências. Imagine um futuro em que cada post nas redes sociais pudesse ser representado por uma moeda. Essa visão propõe uma alternativa ao modelo atual, onde plataformas gigantes como Meta e TikTok controlam a informação que consumimos.

Se as memecoins se tornarem um meio de curadoria coletiva, os usuários ganhariam mais controle sobre o que veem e consomem. Assim, o mercado cripto poderia refletir de forma mais dinâmica a cultura digital em que vivemos.

Carlson-Wee também falou sobre a intersecção entre criptomoedas e inteligência artificial. Ele vê as blockchains como o ambiente perfeito para agentes autônomos. Isso porque os chamados contratos inteligentes permitem que esses sistemas realizem transações sem a intervenção humana direta.

“Agentes podem firmar contratos usando softwares ou matemática, como smart contracts em blockchains, e podem ter ativos em carteiras cripto, transacionando com outras pessoas ou agentes”, comenta ele.

Essa visão aponta para um futuro interessante, onde finanças, informação e tecnologia se unirão de forma inédita. Enquanto as memecoins capturam o lado mais cultural e viral do momento, a integração com IA promete trazer eficiência e automação para o ecossistema cripto. As possibilidades são amplas e podem mudar a forma como interagimos com o mundo digital.

Rafael Cockell

Administrador, com pós-graduação em Marketing Digital. Cerca de 4 anos de experiência com redação de conteúdos para web.

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