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Mercados estão no final do ciclo, não em recessão, aponta firma

O comportamento atual nos mercados financeiros globais é visto como uma fase normal de final de ciclo, e não um prenúncio de recessão, segundo uma análise da QCP Capital, empresa de trading de criptomoedas baseada em Singapura. Recentemente, houve uma correção significativa que afetou ações, ouro e criptomoedas.

Os analistas apontam que as correções generalizadas estão atreladas a fatores como a redução de liquidez, alterações nas expectativas sobre a política monetária, um menor apetite por risco e ajustes nas avaliações de ativos. Tim Sun, pesquisador do HashKey Group, comentou que essa mudança de cenário é evidente nas probabilidades de um corte na taxa de juros, que caíram de mais de 60% para 32,8% em apenas uma semana.

As criptomoedas, especialmente o Bitcoin, sofreram mais nessa correção, enquanto o mercado de ações se manteve mais robusto, impulsionado por lucros sólidos de empresas de tecnologia e aumento nos investimentos. O cenário atual indica que os mercados financeiros passaram da fase inicial do ciclo, segundo Jyotsna Hirdyani, chefe da Bitget na região.

Ela descreveu o ambiente atual como um “estágio entre meio e final de ciclo”, onde o ímpeto está diminuindo, surgem vulnerabilidades e a sensibilidade a choques econômicos aumenta. Entretanto, não há sinais claros de recessão iminente, já que o estresse sistêmico nos spreads de crédito nos Estados Unidos permanece sob controle.

O fundo do Bitcoin já chegou?

Em relação ao Bitcoin, muitos analistas acreditam que ele está em um processo de formação de fundo, mas não esperam uma recuperação rápida. O que se observa, de acordo com os especialistas, é que a formação desse fundo está sendo influenciada por fatores como a liquidez do mercado e o sentimento dos investidores.

As métricas indicam que, apesar de uma certa resiliência nas exchanges, a confiança ainda é limitada por conta das condições de liquidez instáveis. Para que um fundo sólido se confirme, seriam necessários fluxos de capital mais robustos para ETFs e um direcionamento mais claro da política monetária.

Agora, todos os olhos estão voltados para a próxima reunião do FOMC em dezembro, que pode ser um divisor de águas, dependendo do tom adotado em relação ao cenário econômico que se desenha para 2026.

Rafael Cockell

Administrador, com pós-graduação em Marketing Digital. Cerca de 4 anos de experiência com redação de conteúdos para web.

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