A Metaplanet Inc., uma empresa japonesa, está dando um passo importante ao aprovar a emissão de ações Classe B. Essa emissão, que acontecerá no dia 29 de dezembro, pode levantar até US$ 142 milhões. O objetivo é claro: financiar a compra de mais Bitcoin e fortalecer a estrutura da empresa.
Essa decisão foi tomada após uma reunião do conselho no dia 20 de novembro, onde também foram discutidos ajustes no capital social e na reserva de capital. A intenção é criar um novo ciclo de investimentos, focando em atrair investidores que queiram se alinhar à estratégia de acumulação de Bitcoin da Metaplanet.
Serão distribuídas 23,61 milhões de ações Classe B, com um preço fixado em US$ 900 cada. As transações terão processamento internacional, e os investidores precisam concluir suas aquisições até o final de 2025. Para quem não conhece, a criação dessa nova classe de ações em 2024 foi uma estratégia para dar suporte a novas direções da empresa, oferecendo direitos diferenciados que fortalecem seu projeto de longo prazo.
A emissão também marca o fim de algumas autorizações antigas, como os warrants relacionados ao EVO FUND. Com isso, a Metaplanet se livra de complicações na sua estrutura acionária e pode avançar com um financiamento mais robusto. Desde o lançamento dos planos “21 Million” e “555 Million”, a empresa destacou que o Bitcoin é uma parte essencial de sua estratégia. Recentemente, perceberam que era vital reforçar o caixa, especialmente com a volatilidade do mercado.
Metaplanet e El Salvador: supercompra de Bitcoin
Enquanto a Metaplanet se prepara para intensificar suas compras de Bitcoin, El Salvador também está aproveitando o momento. O país fez sua maior compra desde que adotou o Bitcoin em 2021, adquirindo 1.090 BTC por cerca de US$ 100 milhões, quando o preço da moeda caiu abaixo dos US$ 90 mil no dia 18 de novembro. O presidente Nayib Bukele não hesitou em compartilhar essa conquista, mostrando um print da reserva nacional.
Com essa transação, El Salvador agora possui um total de 7.474 BTC, que vale entre US$ 680 milhões e US$ 700 milhões. Para se ter uma ideia, essa compra aumentou os estoques de Bitcoin do país em 17% em apenas uma semana.
Essa ação segue a política de compras diárias iniciada em 2022, mostrando o compromisso do governo com a acumulação contínua. Mesmo sob pressão do FMI, que pede uma redução na exposição ao Bitcoin para um acordo de US$ 1,4 bilhão, Bukele não freia o ritmo das aquisições e, em momentos de queda, até aumenta as compras.
Esses novos Bitcoins integram a Strategic Bitcoin Reserve, criada em 2025, que distribui as moedas entre várias carteiras, limitadas a 500 BTC cada. Isso visa aumentar a transparência e melhorar a gestão dos ativos, apesar das críticas do FMI sobre os riscos fiscais e financeiros envolvidos.
