A Strategy, liderada por Michael Saylor, está de volta ao jogo das compras de Bitcoin, e isso chama bastante a atenção! Depois de um tempo fora das movimentações, a empresa decidiu aproveitar a recente correção dos preços no mercado cripto para aumentar ainda mais sua já considerável reserva de BTC.
Entre os dias 6 e 12 de outubro, a Strategy adquiriu 220 Bitcoins, investindo 27,1 milhões de dólares a um preço médio de 123.561 dólares por unidade. Esse dado é bem relevante e foi divulgado em um comunicado nesta segunda-feira, 13 de outubro.
Com essa nova compra, a empresa sobe seu total para 640.250 BTC, que atualmente valem cerca de 79,1 bilhões de dólares. Vale ressaltar que, mesmo em meio à maior liquidação do mercado desde 2021, a empresa comemora uma valorização de 25,9% no ano. Saylor crê na força do Bitcoin como uma reserva de valor corporativa a longo prazo.
Compras estratégicas em meio à turbulência
Essa compra surge logo depois de um forte baque no mercado, onde houve mais de 9,4 bilhões de dólares em liquidações em um único dia, na sexta-feira passada. O Bitcoin, que chegou a 104.000 dólares, perdeu em um instante todos os ganhos do mês, mas logo se recuperou, voltando para a faixa dos 121.000 dólares.
A decisão da Strategy de aumentar sua posição agora é um forte sinal de confiança no futuro do Bitcoin. Saylor sempre defendeu a tática de “comprar na baixa”, e um dia antes do anúncio, ele deixou uma dica em seu perfil no X, dizendo “Don’t Stop ₿elievin’”.
Como a compra foi financiada?
A empresa explicou que usou vendas de ações de seus fundos STRF, STRD e STRK para financiar a compra. Esses fundos arrecadaram 19,8 milhões, 5,8 milhões e 1,7 milhão de dólares, respectivamente. A estratégia mantém o preço médio total da posição em 74.000 dólares por BTC, resultando em um ganho não realizado de cerca de 55% sobre o custo de aquisição.
Na verdade, isso também marca a retomada do programa de compra semanal de Bitcoin, que foi suspenso por um período após nove semanas ininterruptas de aquisições que ocorreram entre julho e setembro. Nesse intervalo, a empresa fez a maior compra do ano, adquirindo 21.021 BTC por 2,46 bilhões de dólares.
Ações da Strategy: estabilidade em meio à queda
As ações da Strategy (MSTR) reagiram levemente ao anúncio. No pré-mercado, as ações subiram cerca de 1%, passando de 304 para 307 dólares. Entretanto, o desempenho recente das ações tem sido menos animador, com uma queda de aproximadamente 13% nos últimos dias. Isso reflete a incerteza do mercado, principalmente devido à volatilidade do Bitcoin e as tensões comerciais entre os Estados Unidos e a China.
Desde o pico de 455 dólares em 2025, as ações já perderam quase tudo que ganharam ao longo do ano, seguindo a tendência de correção do mercado cripto.
Críticas de Peter Schiff
A recente movimentação também trouxe à tona novas críticas de Peter Schiff, que é notoriamente contra o Bitcoin. Ele questionou por que a Strategy não comprou durante a queda que levou o Bitcoin a 104.000 dólares, sugerindo que Saylor está excessivamente exposto a um ativo tão volátil, enquanto poderia estar se beneficiando investindo em ouro. Mesmo assim, Schiff reconheceu que, ao longo dessa estratégia acumulada, a empresa já obteve lucros significativos.
Apesar das críticas, o desempenho da Strategy tem mostrado que a alocação em Bitcoin é uma opção rentável, especialmente em ciclos de alta. Essa abordagem tem inspirado outras empresas, como a Marathon Digital e a Tesla, a seguir um caminho semelhante.
O cenário do Bitcoin
Após um colapso recente, o Bitcoin está testando novamente a faixa dos 121.000 dólares, apresentando uma leve recuperação de 1,2% nas últimas 24 horas. Apesar das oscilações, especialistas no mercado indicam que grandes investidores institucionais continuam a comprar, principalmente através de ETFs e tesourarias corporativas.
A nova aquisição da Strategy pode ser vista como um sinal de confiança para o curto prazo, sugerindo que o nível de 100.000 dólares pode se firmar como um suporte psicológico. Agora, investidores focam também em como as tarifas propostas por Trump influenciarão o mercado e nas possíveis intervenções de bancos centrais que podem ocorrer nas próximas semanas.
