Millennials e geração Z veem retorno no investimento em Bitcoin
Entre 2023 e 2024, as pesquisas sobre “investimento em cripto” e “investimento em bitcoin” aumentaram impressionantes 60%, segundo dados do Google Trends. Nos últimos cinco anos, esse aumento passou dos 1000%. O cenário é animador: nos dois últimos anos, o número de brasileiros que investem em criptoativos dobrou, atingindo agora 25 milhões, com a maioria deles na faixa etária de 16 a 35 anos.
Atualmente, cerca de 50% dos investidores em criptomoedas no Brasil estão aplicando em Bitcoin. Esse ativo está entre os seis mais valiosos do mundo, superando gigantes como Alphabet (a empresa-mãe do Google) e Meta, e disputando as primeiras posições com a Amazon.
O Bitcoin brilha no mercado
Fabrício Tota, diretor de novos negócios do Mercado Bitcoin, fala sobre a valorização do Bitcoin, que batem recordes históricos. “Com o Bitcoin superando a prata em valor, é claro que essa moeda digital está se destacando”, comenta Tota. Com apenas 16 anos de existência, o Bitcoin ainda gera dúvidas em muitos, que não o veem como um investimento confiável.
Nos últimos três anos, o valor do Bitcoin aumentou mais de 400% e, segundo Tota, a expectativa é que atinja US$ 150 mil até o final de 2025, só para você ter uma ideia.
Quem encontrou “a mina de ouro”?
Fabrício compara o universo dos criptoativos ao de minerais preciosos. “Assim como os mineradores trabalham para extrair ouro, nossos mineradores de cripto validam transações e mantêm a rede segura.” No entanto, para quem quer investir em Bitcoin, isso não é um fator obrigatório. O investimento pode ser feito de forma simples, através de uma corretora e com uma carteira digital. O que você realmente precisa é estar informado, preparado para a volatilidade e ter um objetivo claro.
Ele compartilha histórias de investidores comuns, que fugiram do estereótipo de quem investe em cripto. Uma profissional de marketing, por exemplo, começou a investir R$ 500 mensais em 2019 e, hoje, já pensa em morar no exterior ou abrir seu próprio negócio. Outra história inspiradora é de uma mãe solo que economiza em Bitcoin para pagar a faculdade do filho e já está pronta para custear tudo.
“O legal é que eles não olham para o Bitcoin como uma aposta arriscada, mas como uma chance de inovar nas finanças e alcançar independência”, destaca Tota. Ele observou que a popularidade de plataformas tradicionais de investimento cresceu, mas o Brasil ainda está um pouco devagar em relação a aproveitar as vantagens dos criptoativos.
As pessoas que buscam alternativas para a poupança e que já estão acostumadas a investir em renda fixa são geralmente as maiores investidoras de Bitcoin, fazendo aportes mensais de valores que variam de R$ 300 a R$ 1000.
Mas, afinal, por que investir agora?
“É sempre um bom momento para começar a investir em Bitcoin”, afirma Tota. Além disso, o momento atual é excelente para multiplicar os ganhos. O Bitcoin tende a passar por ciclos de estabilidade, intercalados por períodos de alta. Essa dinâmica pode durar de um a cinco meses.
Recentemente, o Bitcoin voltou a registrar valorizações que não víamos há algum tempo, com marcas que ultrapassaram os US$ 120 mil. Por isso, quem está pensando em investir deve se apressar, pois quanto mais cedo, mais chances de ver seu dinheiro crescer.
Tota também reforça que não há uma única estratégia vencedora no mercado cripto. Cada investidor precisa definir seus próprios princípios e objetivos, sempre levando em conta o nível de risco que está disposto a assumir. O papel das corretoras é oferecer informações e ferramentas que ajudem na decisão.
Ele ressalta que, por ser um investimento ativo 24/7, a volatilidade é uma característica intrínseca do Bitcoin. O recomendável é não sair vendendo a todo sinal de queda, mas sim manter uma visão a longo prazo. O importante é adaptar-se aos ciclos do mercado, sempre com disciplina.