Ministérios públicos do RJ e SC usam ferramenta para rastrear criptomoedas
Na última semana, os Ministérios Públicos de Santa Catarina (MPSC) e do Rio de Janeiro (MPRJ) anunciaram uma parceria com a empresa americana de tecnologia Chainalysis. O foco dessa colaboração é o rastreamento de transações em blockchain, uma ferramenta importante nas investigações de crimes financeiros digitais, especialmente aqueles que envolvem criptomoedas.
A ideia dessa parceria é aprimorar as capacidades investigativas desses ministérios. Para isso, será disponibilizada a ferramenta chamada Reactor, que oferece suporte técnico e treinamentos especializados para os profissionais envolvidos. Você já imaginou como essas ferramentas podem facilitar o trabalho dos investigadores na luta contra fraudes?
A Reactor se destaca por sua eficiência no rastreamento de transações financeiras. O que isso significa na prática? A ferramenta consegue seguir o fluxo do dinheiro desde a sua origem até o destino final, mesmo que esse percurso envolva diferentes redes e seja bastante complexo. Com uma cobertura que abrange mais de 25 blockchains e 17 milhões de ativos, ela revela de onde vem o dinheiro, para onde vai e todas as conexões existentes.
O MPSC ressaltou que esse acordo é uma grande ajuda no combate a fraudes digitais, como golpes que usam criptomoedas e lavagem de dinheiro. Com a ajuda da tecnologia blockchain, esses crimes costumam ser difíceis de rastrear, e essa iniciativa vem como um alívio.
A Procuradora-Geral de Justiça de Santa Catarina, Vanessa Wendhausen Cavallazzi, acredita que a adoção da Reactor é um “divisor de águas”. Para ela, essa ferramenta dará um impulso significativo à notificação penal em casos de lavagem de dinheiro. Ela espera que outras instituições brasileiras sigam o mesmo caminho.
Por outro lado, o Procurador-Geral de Justiça do Rio de Janeiro, Antonio José Campos Moreira, enfatizou a necessidade de se ter as ferramentas corretas para combater crimes desse tipo. O Rio e Santa Catarina, assim, se tornam os pioneiros no Brasil a usar essa tecnologia para investigar crimes cibernéticos envolvendo criptoativos.
Em Santa Catarina, a implementação ficará sob a responsabilidade do CyberGAECO, enquanto no Rio de Janeiro, ficará a cargo da Coordenadoria de Inteligência da Investigação (CI2). A entrada dessas ferramentas modernas promete ajudar bastante na luta contra a criminalidade tecnológica.