Morgan Stanley oferece acesso a Bitcoin e Ethereum a clientes
O Morgan Stanley está dando um passo interessante: a partir de 15 de outubro, todos os clientes, incluindo aqueles com contas de aposentadoria, poderão acessar fundos de Bitcoin (BTC) e Ethereum (ETH). Essa mudança é uma grande reviravolta na política do banco, que anteriormente restringia esse acesso apenas a investidores de alta renda.
Antes, apenas clientes com pelo menos US$ 1,5 milhão em ativos e um perfil de risco considerado “agressivo” tinham permissão para investir em criptomoedas, e isso se aplicava apenas a contas de corretagem tributáveis. Agora, com essa nova abordagem, os consultores financeiros do Morgan Stanley poderão recomendar fundos de Bitcoin e Ethereum de gestoras renomadas, como a BlackRock e a Fidelity. Isso significa que um número muito maior de investidores poderá explorar o mundo das criptomoedas.
Desde que os ETFs à vista de Bitcoin e Ethereum foram aprovados nos Estados Unidos em 2024, o setor registrou movimentações impressionantes, com US$ 77 bilhões em entradas líquidas. A decisão do Morgan Stanley, portanto, abre um mercado que antes estava restrito a poucos sortudos.
Abertura total para investimentos em Bitcoin e Ethereum
Essa mudança ocorre em um momento em que as regras federais para a inclusão de ativos alternativos em planos de aposentadoria (401k) estão sendo relaxadas. Em agosto, o ex-presidente Donald Trump assinou uma ordem executiva, pedindo ao Departamento do Trabalho e à Comissão de Valores Mobiliários (SEC) que facilitem o acesso aos criptoativos, além de ouro e private equity, nas contas de previdência.
Embora esse decreto não altere diretamente a legislação, ele revogou orientações que desestimulavam o uso de criptomoedas nesses planos. Além disso, estabeleceu um prazo de 180 dias para que novas regras fossem implementadas, dando um sinal claro de que a administração está aberta a mudanças.
Diretrizes internas e alocação recomendada
A Morgan Stanley, que administra cerca de **US$ 8,2 trilhões**, também lançou diretrizes internas para o uso de criptoativos em portfólios. Em uma nota divulgada no início de outubro, o **Global Investment Committee** sugeriu alocações de até **4% em criptomoedas**, dependendo do perfil de risco do investidor. Para perfis conservadores, essa alocação poderia ser de **0%**, enquanto carteiras com foco em crescimento poderiam chegar a até **4%**.
O comitê descreveu o investimento em cripto como “especulativo e em crescimento de popularidade”. Também enfatizou a importância do rebalanceamento periódico, uma prática fundamental para evitar riscos de concentração nos investimentos.