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Morgan Stanley sugere alocação de 2% a 4% em cripto

O Comitê Global de Investimentos (GIC) do Morgan Stanley acaba de fazer uma recomendação bem interessante: é hora de considerar incluir criptomoedas no seu portfólio. A sugestão é destinar entre 2% a 4% do investimento, dependendo do quanto você está disposto a arriscar.

Esse relatório foi publicado recentemente e traz algumas orientações claras. Apesar de sugerir que a exposição a ativos digitais seja modesta, ele também demonstra que as criptomoedas estão se tornando cada vez mais parte do mainstream financeiro. A ideia é ajudar consultores e investidores a incorporarem, de forma flexível, as criptos em suas carteiras diversificadas. No entanto, vale lembrar que o GIC não está propondo uma participação exagerada em criptoativos.

Alocação de Cripto na Carteira do Investidor

O comitê, que orienta cerca de 16 mil consultores gerenciando US$ 2 trilhões em ativos de clientes, reconheceu que as criptomoedas são uma classe de ativos considerada especulativa, mas que cresce em popularidade a cada dia. Um exemplo que ilustrará essa situação é como o Bitcoin está sendo comparado ao “ouro digital” e classificado como um ativo real de valor.

É importante também realizar um rebalanceamento periódico no portfólio para evitar que a participação das criptos cresça demais, o que poderia gerar riscos desnecessários. Isso significa que é bom revisar suas opções a cada trimestre ou, pelo menos, anualmente.

Bitcoin Atinge Recorde de US$ 125 mil

Essas recomendações coincidem com um momento significativo para o Bitcoin, que no último domingo (05/10) atingiu a marca de US$ 125 mil, superando sua máxima anterior de US$ 124,5 mil. O mercado está sentindo escassez, com as exchanges centralizadas reportando o menor volume de reservas de Bitcoin em seis anos, o que reflete um aumento na demanda.

O foco do Morgan Stanley sobre a alocação de criptomoedas demonstra que essas instituições estão reconhecendo a importância dos ativos digitais, mas ainda se mostrando cautelosas em relação à sua volatilidade e liquidez. O relatório também menciona produtos negociados em bolsa (ETPs) como uma forma interessante de expor investidores a essa nova classe de ativos sem a necessidade de compra direta de criptomoedas.

Wall Street e a Preparação para a Alocação de Cripto

Embora o GIC ainda não tenha incluído oficialmente criptomoedas em seus modelos de portfólio, ele se posiciona para ajudar consultores na crescente demanda dos investidores — especialmente entre os mais jovens. Até o início de 2026, o Morgan Stanley planeja oferecer serviços de negociação de criptomoedas para clientes da E-Trade, liberando acesso a cerca de US$ 1,3 trilhão em volume de negócios. Para isso, eles estão colaborando com a plataforma de infraestrutura cripto Zerohash para garantir liquidez e segurança.

Esse é um dos movimentos mais significativos já feitos por um grande banco dos Estados Unidos em direção aos ativos digitais. É uma época empolgante, com muitas mudanças acontecendo no mundo das finanças e, certamente, vale a pena ficar de olho no que está por vir.

Rafael Cockell

Administrador, com pós-graduação em Marketing Digital. Cerca de 4 anos de experiência com redação de conteúdos para web.

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