Nobel afirma que criptomoedas mostram que o dinheiro é virtual
Um conto escrito pelo romancista húngaro László Krasznahorkai, que recentemente conquistou o Prêmio Nobel de Literatura de 2025, traz uma visão interessante sobre criptomoedas. Ele as descreve como “a melhor prova” de que o dinheiro se tornou algo virtual. Essa afirmação inesperada chamou a atenção do pessoal envolvido com ativos digitais, revelando uma conexão surpreendente entre a literatura e o universo das finanças.
O prêmio foi concedido em reconhecimento ao que a Academia Sueca definiu como uma obra “convincente e visionária” que destaca o poder da arte em tempos sombrios. A menção às criptomoedas aparece em um dos contos mais recentes de Krasznahorkai, intitulado “Um Anjo Passado Acima de Nós”. Neste texto, um soldado ferido em uma trincheira ucraniana reflete sobre a realidade do dinheiro e dos novos meios de troca.
Enquanto dialoga com um camarada imóvel, o soldado começa a discutir sobre dinheiro e menciona que ele sempre foi virtual. Para ele, as criptomoedas são a representação mais clara desse conceito na atualidade. Ele afirma que não é difícil imaginar um futuro em que essas moedas digitais terão um papel central na sociedade, levantando uma questão interessante: como garantir que isso aconteça de forma eficaz?
O discurso se aprofunda em uma reflexão sobre a necessidade de mais do que apenas entusiasmo. O soldado destaca que é crucial ter conhecimento profundo sobre o que realmente são as criptomoedas e qual a sua utilidade, já que a falta de entendimento pode levar a erros. Essa perspectiva é um convite à informação e à análise crítica.
A conversa esquenta quando ele afirma que a blockchain é uma das maiores invenções recentes, enfatizando que as criptomoedas representam um novo modelo operacional que traz características valiosas, como autenticidade e flexibilidade. Ele argumenta que o sistema financeiro tradicional tem suas limitações e que, à medida que mais criptomoedas surgirem e se disseminarem, elas ganharão mais confiança e se integrarão à vida cotidiana.
A narrativa ganha uma intensidade dramática à medida que explosões ocorrem ao redor, simbolizando a luta entre a velha e a nova ordem financeira. O soldado conclui com uma frase poderosa: “Dinheiro é uma questão de fé”, sugerindo que o futuro das finanças pode estar intrinsicamente ligado a como percebemos o valor e a confiança nas novas tecnologias.
Com isso, Krasznahorkai consegue capturar uma essência contemporânea e relevante ao conectar a arte com o mundo das criptomoedas, lembrando a todos nós como a transformação do conceito de dinheiro está em pleno andamento.