Novo selo Procel com blockchain assegura segurança e transparência
O Governo Federal, através do Ministério de Minas e Energia, anunciou uma novidade super interessante: o Selo Procel agora vai usar blockchain para validar a eficiência energética de eletrodomésticos no Brasil. Essa mudança foi divulgada na quinta-feira, 21, e promete modernizar todo o processo.
Esse selo, que a gente geralmente vê colado em geladeiras, micro-ondas e ar-condicionados, é um dos principais símbolos de eficiência energética no país. Com a nova tecnologia, desenvolvida pela empresa GoLedger, o objetivo é digitalizar e aprimorar como esse selo é concedido, tornando todo o processo mais eficiente.
Antes, a solicitação do Selo Procel era feita majoritariamente por e-mail, com toda a documentação sendo enviada manualmente e analisada da mesma forma. Agora, com essa plataforma digital, fabricantes e certificadoras podem acessar um sistema onde preenchem todas as informações dos produtos, incluindo dados técnicos e até fazer o upload de documentos importantes como fotos e certificados.
Após a submissão, a equipe do Procel analisa o pedido diretamente na plataforma, podendo aprovar, solicitar correções ou reprovar a solicitação. Se tudo estiver certo, o sistema gera automaticamente o Selo Procel, que agora vem com um QR Code. Cada modelo de equipamento terá um QR Code próprio, garantindo uma identificação única e individual na plataforma.
Um ponto muito legal é que, mesmo que um selo se perca por mudanças nos critérios, a plataforma mantém um histórico de posse, tudo registrado благодаря ao uso do blockchain. Isso traz uma camada extra de segurança e confiabilidade.
Uso de blockchain no Selo Procel
Luiz Felipe Pacheco, assessor do Procel, fez uma comparação bacana para explicar como o blockchain funciona nesse processo. Ele disse que é como um trem, onde os trilhos são a rede e cada vagão simboliza um selo concedido ou um processo solicitado. Nesse sistema, não existe um servidor central. Todos os participantes, como Procel, Inmetro e fabricantes, atuam como “nós”, compartilhando a mesma informação e, assim, aumentando a transparência e a rastreabilidade.
Toda atualização, desde a solicitação até a aprovação, fica registrada no blockchain. Isso significa que dá pra saber exatamente quando uma ação foi realizada, quem solicitou e quem analisou. As informações sobre recertificações ou prazos de expiração também estão disponíveis.
Além disso, essa tecnologia permite o uso de contratos inteligentes. Isso significa que o selo pode ser emitido automaticamente assim que todos os documentos são entregues e a análise é aprovada. E se os critérios de um equipamento mudarem, a plataforma faz automaticamente notificações para que os fabricantes atualizem os dados.
A plataforma utiliza o Hyperledger Fabric, a mesma tecnologia usada em alguns sistemas da Receita Federal.
Recentemente, Juliana Tadeu, superintendente do Procel, ressaltou que essa mudança vai fortalecer ainda mais a credibilidade do selo, ajudando a combater fraudes e falsificações. A participação no programa continua sendo voluntária, e haverá treinamentos e canais de comunicação disponíveis para ajudar os usuários.
Juliana disse: “A nova plataforma com blockchain permite que os consumidores identifiquem e optem por edificações e equipamentos mais eficientes com mais confiança, estimulando a competitividade e a inovação na indústria nacional.”
Inovação
Essa iniciativa vem em um momento simbólico, já que o Procel completa 40 anos em dezembro. Esse é um marco importante que reforça a relevância do programa no cenário nacional.
Juliana Tadeu enfatizou que o Procel continua atento às novas tecnologias, buscando sempre inovar. Samira Souza, coordenadora geral de eficiência energética do Ministério de Minas e Energia, também comentou sobre a satisfação de apresentar essa que, para ela, é uma das inovações mais importantes nos últimos tempos, trazendo vantagens tanto para os fabricantes quanto para os consumidores.