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O metaverso fracassou e investidores amargam perdas

O sonho do metaverso, que prometia uma revolução digital, parece ter chegado ao fim, e as evidências são bem visíveis. A Meta, antes conhecida como Facebook, investiu pesado nessa ideia, gastando mais de US$ 70 bilhões desde 2021, mas o resultado não foi o esperado. O projeto Horizon Worlds, que deveria ser o destaque do metaverso, não conseguiu engajar um número significativo de usuários.

Enquanto isso, os criptoativos associados ao metaverso enfrentaram um colapso. Tokens como Render, Sandbox e Decentraland, que um dia eram vistos como promissores, agora estão perto da irrelevância. A capitalização de mercado desses ativos despencou de mais de US$ 500 bilhões em 2025 para menos de US$ 3,4 bilhões. Um verdadeiro baque para quem acreditou na criação de um mundo virtual descentralizado.

A Meta, percebendo o fracasso de suas expectativas, agora contempla cortes de até 30% em seus gastos com projetos de realidade virtual até 2026. Essa informação, divulgada pela Bloomberg, reflete uma mudança significativa na abordagem da empresa.

Promessas Não Cumpridas

Quando Mark Zuckerberg anunciou em 2021 a nova identidade da empresa, todos esperavam uma transformação radical. Contudo, a realidade mostrou que o entusiasmo estava acima da realidade. O desejo de criar um espaço digital totalmente imersivo não se concretizou. Os altos investimentos feitos pela Meta não resultaram na adesão por parte do público.

As interações digitais tradicionais, como redes sociais e transmissões, continuam a dominar. O engajamento no metaverso não correspondeu às expectativas, levando a perdas financeiras consideráveis. Até mesmo Zuckerberg teve que redirecionar seus esforços para outras áreas, como a inteligência artificial, o que gerou um retorno mais rápido do que os frustrantes projetos do metaverso.

O Colapso dos Criptoativos do Metaverso

Além das complicações enfrentadas por plataformas de realidade virtual, também houve um impacto profundo nos criptoativos relacionados ao metaverso. Tokens que foram uma vez promissores, como Render, caíram a menos de US$ 1 bilhão em valor de mercado e praticamente desapareceram do ranking das cem principais criptomoedas.

No início de 2025, havia grande expectativa com esses ativos, mas hoje muitos estão enfrentando mínimas históricas. Essa perda de confiança é um reflexo do desinteresse do mercado, que prometia um futuro digital revolucionário, mas falhou em proporcionar uma adoção em massa.

O que Restou do Metaverso?

Apesar de todo esse fracasso em grande escala, a ideia do metaverso ainda existe em outros formatos. Algumas tecnologias continuam a se destacar em nichos específicos. Jogos como Roblox e Fortnite, por exemplo, seguem populares entre os jovens, com milhões de usuários ativos. Esses jogos trazem características do metaverso, focando mais no entretenimento e na interação social.

Além disso, tecnologias de realidade virtual e aumentada estão sendo aplicadas em áreas práticas, como treinamento e design industrial. Empresas como Microsoft e Nvidia mostram como essas inovações podem ser utilizadas de forma mais pragmática, afastando-se da ideia de um metaverso unificado.

A Nova Direção com a Inteligência Artificial

Diante desse contexto, a equipe do CryptoNews teve uma conversa com o ChatGPT sobre o futuro do metaverso. Ele comentou que, embora o conceito tenha falhado, isso abriu espaço para novas tecnologias, como inteligência artificial e realidade aumentada.

As empresas, ao direcionar suas atenções para a IA, estão se posicionando para inovações mais palpáveis. O ChatGPT mencionou que produtos como os óculos Ray-Ban da Meta, que unem IA e AR, oferecem uma perspectiva mais prática e realista, diferente das promessas grandiosas do metaverso. O que aconteceu, então, foi uma verdadeira recalibração da tecnologia, transformando-a para usos mais aplicáveis no mundo real.

Rafael Cockell

Administrador, com pós-graduação em Marketing Digital. Cerca de 4 anos de experiência com redação de conteúdos para web.

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