A OpenAI, conhecida por suas inovações em inteligência artificial, anunciou que fechou um memorando de entendimento com a Microsoft, seu maior investidor, para reestruturar seus negócios. Essa mudança foi apresentada inicialmente em maio e promete transformar a parte lucrativa da empresa em uma corporação de benefício público. A ideia é que o braço sem fins lucrativos da OpenAI continue a ter o controle da organização.
Com essa nova estrutura, o braço sem fins lucrativos terá uma participação considerável na corporação de benefício público, avaliada em mais de US$ 100 bilhões. O CEO da OpenAI, Sam Altman, afirmou que a empresa começou como uma organização sem fins lucrativos e que esse modelo não mudará no futuro. “Continuaremos supervisionando nossas atividades com fins lucrativos”, ele explicou.
A OpenAI também se comprometeu a trabalhar com os procuradores-gerais da Califórnia e de Delaware para viabilizar essa reestruturação. Vale lembrar que, enquanto sua sede física está em São Francisco, a empresa é registrada legalmente em Delaware.
Reestruturação na liderança
A OpenAI foi fundada em 2015 por nomes famosos do setor de tecnologia, como Elon Musk e Sam Altman. Desde o início, a missão da empresa sempre foi explorar o potencial da inteligência artificial de forma ética. Um dos seus principais sucessos, o ChatGPT, se tornou um dos modelos de linguagem mais influentes da última década.
No entanto, a empresa enfrentou um ano turbulento em 2023. O conselho de administração tomou a decisão controversa de demitir Altman, alegando que ele não estava sendo “consistentemente franco” em suas comunicações. Essa decisão gerou uma onda de resistência tanto interna quanto externa, e ele foi reinstalado em poucos dias.
A reestruturação vem em um momento em que a OpenAI acabou de anunciar que levantou US$ 8,3 bilhões, atingindo uma impressionante avaliação de US$ 300 bilhões. Para os próximos anos, a expectativa é que a empresa consiga uma receita total de US$ 12,7 bilhões até 2025.
