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Operação Decrypted busca brasileiros acusados de roubo de bitcoin

A Polícia Federal, em parceria com o escritório da El Dorado Task Force da Homeland Security Investigations (HSI) de Nova York, deflagrou a Operação Decrypted, focando em brasileiros que estavam envolvidos no roubo de uma corretora de bitcoin nos Estados Unidos.

Por enquanto, o nome da corretora não foi divulgado, e as identidades dos investigados continuam sob sigilo. O roubo foi significativo: a corretora perdeu cerca de 2,6 milhões de dólares em criptomoedas, o que, com a cotação atual do dólar, se transforma em mais de R$ 14 milhões.

Operação visa desmantelar associação criminosa

Com o apoio das investigações da HSI, a Polícia Federal começou a apurar o caso após receber informações da agência americana. Em uma longa investigação que durou cerca de um ano, foi possível identificar os responsáveis pelo furto eletrônico. O foco da operação se concentrou principalmente no estado do Maranhão, no nordeste do Brasil.

A Operação Decrypted resultou na execução de 11 mandados de busca e apreensão, além de outras medidas legais contra os investigados. As ações ocorreram em várias cidades, incluindo Imperatriz, João Lisboa (ambas no Maranhão), Palmas (Tocantins) e Goiânia (Goiás), sempre com autorização da justiça federal.

Irregularidades financeiras chamam a atenção

Um ponto interessante na investigação foi a constatação de que os indivíduos estavam recebendo valores de corretoras de criptomoedas muito acima do que declaram ter. Essa movimentação financeira incompatível despertou a atenção das autoridades.

A PF destacou que os investigados tinham um histórico financeiro que não condizia com suas capacidades econômicas. Eles recebiam valores elevados de provedores de serviços de ativos virtuais (PSAVs) sem uma justificativa clara para isso. A apreensão de eletrônicos também levantou suspeitas de que eles estivessem envolvidos na comercialização de itens de forma irregular. Isso, naturalmente, abre espaço para investigações sobre possível lavagem de dinheiro.

Além das obrigações financeiras, as autoridades encontraram armas de fogo e veículos de luxo durante as apreensões, intensificando as suspeitas sobre as atividades do grupo. Esses bens agora estão sob o controle das autoridades, que seguem monitorando e investigando a situação para entender a profundidade das operações realizadas pelos suspeitos.

Rafael Cockell

Administrador, com pós-graduação em Marketing Digital. Cerca de 4 anos de experiência com redação de conteúdos para web.

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