Operação recupera R$ 1 milhão em criptomoedas após ataques
A Operação Veredicto Sombrio, realizada pela Polícia Civil de Minas Gerais, teve um grande impacto ao apreender R$ 973 mil em criptomoedas. Essa ação contra um grupo de criminosos que atacou o sistema judiciário brasileiro causou estragos significativos, afetando até o Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Na quarta-feira, dia 10, a polícia também recuperou veículos de luxo, joias e dinheiro vivo em diversas cidades, como Belo Horizonte, Sete Lagoas e Jacutinga. A operação é resultado de um esforço conjunto de várias autoridades e busca desmantelar um esquema que usava credenciais falsas para acessar sistemas judiciais.
Bloqueio de valores
Durante a ação, as autoridades bloquearam cerca de R$ 40 milhões, incluindo aproximadamente US$ 180 mil em criptoativos. No entanto, ainda não se sabe exatamente onde esses ativos estavam armazenados, se em carteiras apreendidas durante a operação ou em corretoras.
De acordo com as investigações, o grupo criminoso utilizava credenciais de magistrados e servidores do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) para invadir sistemas do CNJ. Eles acessavam informações do Banco Nacional de Medidas Penais e Prisões (BNMP), do Sistema de Busca de Ativos do Poder Judiciário (Sisbajud) e do Registro Nacional de Veículos Automotores Judicial (Renajud).
Além disso, a organização era conhecida por aplicar golpes como o do falso advogado, gerando prejuízos significativos para empresas e instituições financeiras. A polícia divulgou um vídeo nas redes sociais mostrando os produtos da operação e as buscas realizadas.
Conexão com o hacker preso
Durante uma coletiva de imprensa, o juiz auxiliar da Presidência do TJMG, Marcelo Rodrigues Fioravante, explicou que as investigações duraram cerca de seis meses. Ele destacou que o combate ao crime organizado é um dos maiores desafios enfrentados pelo Estado brasileiro atualmente. A fraude identificada pela polícia foi ampla, e todas as principais figuras envolvidas foram identificadas.
“Estamos finalizando a primeira fase dessa investigação, necessárias para conter a atuação dessa organização criminosa”, afirmou o juiz. Ele também comentou que a operação está ligada à prisão de um hacker suspeito de ameaçar o influenciador digital Felca. O hacker, que vendia credenciais de acesso a sistemas judiciais, estava conectado a várias cortes do País, inclusive do TJMG.
Algumas dessas credenciais foram utilizadas pela organização para tentar fraudar sistemas judiciais. O serviço de inteligência do TJMG conseguiu rastrear ações do grupo criminoso a partir da prisão desse hacker. A operação continua em andamento, com o foco na análise dos materiais coletados para entender melhor a maneira como os criminosos atuavam.
Informações que muitas vezes não chegam à população podem fazer toda a diferença. Em situações como essa, é fundamental estar bem informado sobre os riscos e como se proteger.





