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Petrobras lança recebíveis tokenizados com CDI de 5%

A Hurst Capital trouxe uma novidade para o mercado financeiro: o lançamento de tokens atrelados a recebíveis da Petrobras, em uma operação de certificados de recebíveis (CRs). Essa iniciativa, chamada “Recebíveis Óleo & Gás”, promete uma rentabilidade interessante, estimada em CDI + 5% ao ano, com um prazo de 10 meses para o investimento. Para quem está pensando em investir, o aporte mínimo é de R$ 10 mil, e os investidores poderão receber pagamentos mensais após 30 dias do início da operação.

Os recebíveis que sustentam essa operação são oriundos de um contrato entre a PCI Brasil, uma empresa que realiza inspeções e manutenção de tanques, e a Petrobras. No total, a PCI tem quatro contratos em vigor, que somam R$ 87 milhões, dos quais R$ 17,4 milhões foram elegíveis para essa operação. Essa estratégia de securitização fica sob a responsabilidade da Ahlex, parte da Hurst, que recebeu autorização para realizar o projeto dentro do programa Progredir, da Petrobras. Esse programa é destinado a melhorar a liquidez e o acesso ao crédito dos fornecedores homologados pela estatal.

Recebíveis da Petrobras tokenizados

Arthur Farache, CEO da Hurst, destaca que a operação usa o programa Progredir como uma garantia sólida, considerando que envolve uma das maiores empresas petrolíferas do mundo, que possui classificação AAA.br pela Moody’s. Um detalhe importante é que há uma subordinação de 10% do valor total da operação. Isso significa que, em caso de perdas ou necessidade de liquidação, esse valor será priorizado para os investidores.

Agora, sobre a rentabilidade: como está atrelada ao CDI, ela segue a movimentação da taxa Selic, atualmente em 15% ao ano, o que está bem acima da inflação. Farache indica que o cenário de juros altos significa que qualquer queda será gradual. Como essa operação tem um prazo de apenas 10 meses, o retorno pode ser bastante atrativo.

Como funciona?

Para colocar a operação em prática, o investidor compra CRs que estão ligados ao fluxo de recebíveis do contrato que está em execução. O valor total dos recebíveis nessa emissão chega a R$ 2.372.912,58 e é colocado em uma conta vinculada, que já está ativa e é gerida pela Ahlex, com o suporte de uma instituição financeira parceira chamada Fidúcia. A subordinação de 10% traz uma camada extra de segurança para o investidor.

Além do potencial retorno financeiro, essa iniciativa também é uma forma de observar uma tendência crescente no mercado de capitais: a securitização de contratos corporativos que têm lastro em compromissos firmados por grandes empresas públicas. Farache ressalta que esta é uma oportunidade valiosa, que conecta investidores a um cenário de risco mitigado, com impacto estratégico e potencial de rentabilidade acima da média. É uma boa pedida para quem busca diversificar seus investimentos.

Rafael Cockell

Administrador, com pós-graduação em Marketing Digital. Cerca de 4 anos de experiência com redação de conteúdos para web.

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