PF entrega 1.600 bitcoins da Unick Forex à justiça
A Polícia Federal (PF) fez um grande movimento no dia 24 de outubro, entregando nada menos que 1.600 bitcoins apreendidos na Operação Lamanai para a justiça do Rio Grande do Sul. Com o valor atual do bitcoin em torno de US$ 112 mil, isso representa uns impressionantes US$ 180 milhões que vão para a Massa Falida da Unick Forex. O plano é que esse montante ajude a ressarcir os clientes que caíram na grande pirâmide financeira, uma das maiores que o Brasil já viu.
Em um comunicado, a PF explicou que, na última sexta-feira, fez essa entrega à Vara de Falências em Novo Hamburgo. O órgão também destacou que os bitcoins estavam sob custódia desde 2019, após a operação que investigou a empresa. Imaginar a soma de dinheiro que trará alívio para muitos é animador.
Um processo complicado
Na terça-feira (28), a PF detalhou que a devolução dos bitcoins não foi simples. Envolveu um trabalho em equipe, com a participação de vários atores, incluindo advogados dos réus e representantes da massa falida. Embora tenham mencionado que foi um processo complexo, não deram detalhes sobre quais carteiras foram utilizadas nem os endereços. O foco era garantir que tudo fosse feito da maneira correta.
Um aspecto relevante, segundo a PF, é que, além de coletar as provas necessárias para responsabilizar os responsáveis, a Polícia Federal teve um papel essencial na recuperação dos valores. Isso aumenta a esperança de que as vítimas consigam reaver ao menos parte do que investiram.
“Entre os credores, temos milhares de pessoas que acreditaram estar fazendo um ótimo negócio”, explicou a PF. As expectativas são altas, e muitos estão ansiosos para ver algum retorno financeiro.
Atualmente, esses R$ 970 milhões em bitcoin, com base na cotação de R$ 605 mil, estão a caminho da gestão que vai reverter isso para as vítimas. É um passo importante em direção à reparação dos danos causados por essa fraude.
Um trabalho constante contra fraudes
A ação da PF no Rio Grande do Sul teve destaque ao combater fraudes financeiras, especialmente na Região do Vale dos Sinos. A Unick Forex se destacou como a maior pirâmide financeira, mas a Operação Lamanai foi crucial para detê-la.
Não faz muito tempo, a PF também atuou na Operação Egypto, que desmantelou uma concorrente da Unick, a Indeal. Essa empresa também prometia lucros exorbitantes, mas, até agora, os bitcoins dela ainda não foram devolvidos às vítimas.
Ambas as empresas ofereciam retornos supostamente altos, de até 30% ao mês, uma atração que sempre leva muitas pessoas a se arriscarem e, muitas vezes, a se tornarem vítimas. O desdobramento da devolução dos bitcoins traz à tona a determinação da justiça em resgatar o que é devido às vítimas de fraudes financeiras no Brasil.





