Notícias

MP denuncia quatro envolvidos em golpe de pirâmide financeira do Príncipe do Bitcoin

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) denunciou recentemente quatro pessoas envolvidas em um esquema de pirâmide financeira do Príncipe do Bitcoin. A operação, que causou um prejuízo de R$ 234.600 a diversos investidores de Campos dos Goytacazes, vem revelando detalhes chocantes sobre a fraude que enganou muitos.

Como tudo começou

O grupo de criminosos, operando por meio da empresa A.C. Consultoria e Gerenciamento Eireli, prometia retornos financeiros entre 15% a 30% ao mês, atraindo investidores com a ilusão de ganhos rápidos no mercado de criptomoedas. Os indiciados são Gilson André Braga dos Santos, Ana Claudia Carvalho Contildes, Gilson Ramos Vianna e Ana Paula Contildes.

Imagem ilustra um esquema de pirâmide de Bitcoin, com várias camadas de pessoas investindo dinheiro. No topo da pirâmide, uma pessoa rotulada como "Príncipe do Bitcoin" está coletando a maior parte do dinheiro. O fundo inclui símbolos de Bitcoin e gráficos representando dados financeiros, transmitindo um senso de engano e manipulação financeira.
(Imagem/IA)

A fraude começou com a abertura de contas para investidores, onde eram realizadas aplicações financeiras por meio das chamadas contas “copy”. Esta tática inicial gerava confiança, uma vez que os juros dos investimentos eram pagos pontualmente.

O desenrolar da pirâmide financeira do Príncipe do Bitcoin

Tudo mudou quando a empresa emitiu uma nota oficial comunicando que todos os contratos seriam rescindidos e que os valores seriam pagos em um prazo de 90 dias a partir de 1º de dezembro de 2021. Contudo, esse pagamento nunca ocorreu, deixando muitos investidores no prejuízo.

Investigações adicionais do MPRJ descobriram que os mesmos criminosos criaram outra empresa, a Gayky Cursos Ltda, para continuar o esquema fraudulento, enganando mais pessoas e aprofundando o impacto financeiro negativo.

A queda do Príncipe do Bitcoin

A operação Príncipe do Bitcoin, deflagrada pelo GAECO/MPRJ em outubro do ano passado, trouxe à tona a extensão do golpe. Gilson Ramos Vianna, um dos principais acusados, foi preso pouco depois do pastor Fabrício Vasconcelos Nogueira ser alvo da operação. Conhecido por ostentar riqueza enquanto captava clientes, Vianna ganhou o apelido de “Príncipe do Bitcoin”.

Na ocasião, Ana Claudia Carvalho Contildes, sócia fundadora da A.C. Consultoria, foi considerada foragida. Este caso é um exemplo clássico de como promessas de retornos altos e rápidos podem atrair investidores desavisados para esquemas fraudulentos.

Fique atento aos sinais

Este incidente destaca a importância de estar vigilante ao investir em criptomoedas e outras oportunidades financeiras. Promessas de retornos garantidos e elevados são geralmente sinais de alerta para fraudes. O caso do Príncipe do Bitcoin é uma lembrança sombria de como golpistas podem manipular a confiança das pessoas para ganhos ilícitos.

O MPRJ continua trabalhando para levar justiça às vítimas e para evitar que novos esquemas de pirâmide financeira enganem mais investidores. A denúncia e investigação contínua são passos cruciais para garantir que os responsáveis sejam devidamente punidos.

Leia também

Gustavo Morais

Jornalista, com pós-graduação em Produção e Crítica Cultural. Cerca de 20 anos de experiência com redação de conteúdos para web.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo