A Polygon, uma rede que funciona como uma camada adicional ao Ethereum, deu um passo importante nesta quarta-feira (8) ao ativar o hard fork chamado Rio em sua mainnet de prova de participação. Essa atualização vem para reformular a forma como os blocos são produzidos, trazendo inovações que prometem acelerar a rede e torná-la mais leve para pagamentos e uso de ativos no dia a dia.
Com a nova abordagem, chamada Produtor de Blocos Eleito Validador (VEBloP), a dinâmica entre os validadores muda. Eles agora vão eleger um pequeno grupo de produtores de blocos, enquanto um deles terá a tarefa de propor blocos por períodos mais longos, com os backups aguardando sua vez. Essa mudança visa evitar reorganizações na cadeia, além de diminuir o tempo necessário para a execução dos blocos.
Outra novidade interessante é a redistribuição das taxas, que traz uma economia otimizada. Com isso, mesmo aqueles validadores que não estão produzindo blocos continuam sendo incentivados, o que mantém a rede mais saudável e motivada.
Além disso, o que se chama de validação sem estado “baseada em testemunhas” está agora em prática. Isso permite que os nós verifiquem blocos sem precisar manter o estado completo, o que, segundo a equipe da Polygon, ajuda a reduzir custos com hardware e acelera a sincronização entre nós, facilitando a operação da rede.
Esse hard fork faz parte do planejamento denominado “GigaGas”, que tem como objetivo alcançar cerca de 5.000 transações por segundo em um futuro próximo, com potencial para escalar ainda mais. Durante a ativação, algumas exchanges decidiram pausar os depósitos e saques de POL, o token da Polygon, para garantir uma transição tranquila.
A Polygon é reconhecida por seu foco em pagamentos e transferência de valores on-chain, e utiliza um modelo de PoS dentro de um ecossistema diversificado que inclui soluções como AggLayer e Conhecimento Zero (ZK). Atualmente, ocupa a 13ª posição em valor total bloqueado entre as blockchains, com quase US$ 1,2 bilhão em TVL.
