Ronaldinho Gaúcho investigado por fraude em criptomoedas
O ex-jogador Ronaldinho Gaúcho está enfrentando mais um capítulo complicado em sua relação com projetos de criptomoedas que levantaram suspeitas. Recentemente, a 4ª Vara Cível da Barra da Tijuca emitiu um edital para convocar o craque, junto com outros seis réus, em um processo sobre fraude em investimentos. A principal acusadora é a autônoma Dayana Paiva, que se diz vítima de um esquema envolvendo a empresa 18K Ronaldinho Comércio e Participação LTDA, que teria bloqueado o acesso aos seus investimentos.
Dayana investiu cerca de US$ 4,2 mil na 18K Ronaldinho, atraída pela promessa tentadora de receber US$ 17 mil em Bitcoin — o que, convertido em reais, ultrapassa os R$ 70 mil. Em sua petição, ela busca reaver o valor investido, além de pedir R$ 20 mil a mais por danos morais. Caso os acusados não se manifestem em 15 dias, tudo o que Dayana alegou poderá ser considerado verdade.
O golpe da 18K Ronaldinho
Essa não é a primeira vez que Ronaldinho se vê envolvido em discussões legais sobre a 18K Ronaldinho. Em agosto do ano passado, um recurso que tentava responsabilizá-lo por participar deste esquema foi rejeitado em São Paulo. A Justiça não encontrou evidências de que ele fosse sócio da empresa ou tivesse algum poder decisório. O ex-jogador tinha um contrato temporário para o uso de sua imagem, mas isso foi encerrado devido a problemas que afetaram sua imagem pública.
Além de Ronaldinho, seu irmão, Roberto de Assis Moreira, e outros três sócios também são citados no processo. A 18K Ronaldinho, que foi investigada na CPI das Pirâmides Financeiras em 2023, prometia aos investidores um retorno de 400% em um ano, com rendimentos diários de 2%. Para atrair as pessoas, a empresa utilizou a imagem famosa do jogador e alegou que os rendimentos vinham de operações de arbitragem com criptomoedas e investimentos em bolsa de valores.
Durante seu depoimento na CPI, Ronaldinho garantiu que nunca teve participação na 18K e que não autorizou o uso de seu nome para fins comerciais. Ele explicou que o que tinha era um contrato para promoção de relógios, chamado “18K Ronaldinho”, mas isso não significava que ele estava associado à empresa de investimentos.
Um cenário de incertezas e promessas unilaterais, que refletiu um pouco dos desafios que muitos enfrentam ao se aventurarem em investimentos no mundo das criptomoedas.