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Rússia detém homem por roubo a corretora de criptomoedas com granadas

A Polícia de São Petersburgo, na Rússia, fez uma prisão inusitada no último sábado (22). Um jovem de 21 anos invadiu uma corretora de criptomoedas que funcionava em um apart-hotel na rua Khersonska. Segundo relatos, ele detonou duas granadas de airsoft e ativou uma bomba de fumaça na tentativa de forçar os funcionários a transferirem os ativos para sua própria carteira.

Essa abordagem improvisada não causou danos sérios, já que as granadas usadas eram apenas de imitação, projetadas para criar pânico sem a capacidade de causar destruição real. Logo após a confusão, a polícia conseguiu deter o suspeito e apreendeu os dois artefatos. Agora, ele enfrenta sérias acusações de roubo, e as autoridades locais estão considerando medidas preventivas para evitar que incidentes como esse se repitam.

Violência relacionada a criptomoedas aumenta

Esse episódio reflete um aumento preocupante nos ataques violentos a investidores de criptomoedas. A prática, conhecida no setor como “ataques de chave inglesa”, tem se tornado uma tônica global. Especialistas como David Richards, CEO da BlockchainUnmasked, preveem que essa situação pode piorar até 2026, a menos que haja um avanço significativo nas ferramentas de privacidade e na coordenação entre as polícias ao redor do mundo.

Infelizmente, os casos de violência têm se mostrado bastante graves. Recentemente, um golpista de criptomoedas, chamado Roman Novak, e sua esposa foram assassinados nos Emirados Árabes Unidos por homens que se passaram por investidores buscando suas carteiras digitais. Em São Francisco, um morador perdeu nada menos que US$ 11 milhões em criptomoedas. Ele foi imobilizado por um entregador falso e obrigado a fornecer suas informações.

Paulina Henderson, do Departamento de Polícia de São Francisco, informou que a vítima foi fisicamente contida e que a investigação está em andamento, mas ainda não houve prisões. Além disso, em abril de 2024, uma família na Colúmbia Britânica viveu momentos de terror durante uma invasão. Os agressores tiraram US$ 1,6 milhão em Bitcoin, usando métodos brutais para ameaçar as vítimas.

David Sehyeon Baek, consultor em crimes cibernéticos, ressalta que, ao investigar esses casos, os investigadores geralmente seguem várias linhas de apuração ao mesmo tempo. Mas recuperar criptomoedas roubadas é um desafio muito maior do que identificar os criminosos.

Para proteger seus ativos, especialistas recomendam a quem possui criptomoedas que evitem compartilhar informações sobre seus investimentos nas redes sociais e adotem métodos de segurança, como a autenticação multifatorial. Assim, é possível reduzir significativamente o risco de se tornar um alvo fácil para esses crimes.

Rafael Cockell

Administrador, com pós-graduação em Marketing Digital. Cerca de 4 anos de experiência com redação de conteúdos para web.

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