Santa Catarina intensifica rastreamento de criptomoedas
A Polícia Civil de Santa Catarina (PCSC) trouxe à tona, na última quinta-feira (18), um balanço impressionante do trabalho realizado pela Diretoria Estadual de Investigações Criminais (DEIC) em 2025. Os números são bastante significativos: foram recuperados mais de R$ 2,2 bilhões em bens e valores relacionados a organizações criminosas. Para se ter uma ideia, isso representa um aumento de 200,69% em comparação ao ano passado.
Esse crescimento deixa claro que as estratégias das forças de segurança estão sendo eficazes na luta contra o crime organizado. O objetivo? Cortar o financiamento dessas atividades ilegais e evitar que os criminosos desfrutem dos recursos ganhos de forma ilícita.
Rastreamento de criptomoedas em Santa Catarina aumentou
O diretor da DEIC, Daniel Régis, comentou sobre como a polícia se adaptou para lidar com o patrimônio oculto em tecnologias de criptomoedas. Ele afirmou que muitos infratores se sentiam seguros transferindo seus recursos para essas moedas digitais. Contudo, agora a polícia tem conseguido romper essa barreira, usando métodos modernos para rastrear e identificar o fluxo financeiro, além de solicitar o bloqueio judicial desses fundos.
Essa evolução é um grande passo para impedir que o dinheiro de atividades criminosas seja usado para financiar novos delitos. O delegado ressaltou que, com a tecnologia, a polícia consegue identificar e promover o sequestro judicial desses recursos, impactando diretamente os planos dos criminosos de se beneficiarem do lucro de suas ações.
Investimentos em tecnologia e estrutura
Nos últimos anos, a administração investiu na aquisição de 96 computadores de alto desempenho, que são essenciais para lidar com a análise de dados complexos e grandes volumes de informações bancárias e telemáticas. Esse investimento fortalece a capacidade da DEIC de desvendar esquemas de lavagem de dinheiro.
Além dos equipamentos, o governo também destinou mais de R$ 2 milhões para a compra de sete viaturas robustas voltadas para operações especiais. Esses veículos ajudam a garantir uma resposta rápida e segura em operações por todo o estado.
Operações interestaduais e prisões
Em um ritmo impressionante, os agentes da DEIC conduziram 256 operações policiais em apenas um ano, superando o número de dias úteis. E mais: essas operações não pararam nas fronteiras do estado, alcançando outros 13 estados e o Distrito Federal. Essa abrangência facilitou a prisão de suspeitos que se escondiam fora de Santa Catarina.
Durante esse período, a polícia cumpriu 456 mandados de prisão, um número em crescimento de 11,52% em relação ao ano anterior. Além disso, outras 49 prisões aconteceram em situações de flagrante. Também foram executados 1.292 mandados de busca e apreensão em locais relacionados aos investigados, um aumento de 61,25% em relação às metas iniciais da gestão.
Esses dados ilustram bem o empenho da Polícia Civil de Santa Catarina em combater o crime organizado e proteger a sociedade.





