Republicanos no Senado dos Estados Unidos conseguiram aprovar um projeto de reconciliação orçamentária, que foi bastante debatido e teve grande apoio do ex-presidente Donald Trump. No entanto, muitos senadores, de diferentes partidos, expressaram preocupações a respeito de cortes que poderiam afetar a saúde, a regulamentação da inteligência artificial e ainda a distribuição de riqueza com os cortes de impostos.
Na votação realizada na terça-feira, o resultado foi de 50 a 50, e o vice-presidente, JD Vance, teve que atuar como voto de desempate. Todos os democratas e três republicanos foram contra a proposta. Durante o debate, diversas emendas foram sugeridas com o intuito de lidar com questões relacionadas à regulamentação da IA e ao financiamento de hospitais em áreas rurais.
Uma das vozes que se destacou foi a da senadora Cynthia Lummis, de Wyoming, que queria adicionar uma mudança para corrigir o que chamou de “tratamento fiscal injusto” para os mineradores e validadores de criptomoedas. Apesar de sua intenção, as alterações não foram incluídas nas emendas que chegaram ao plenário do Senado.
Após a votação, o representante Nicholas Begich, do Alasca, comentou que gostaria de ter visto a proposta da senadora Lummis no projeto final, mas acredita que haverá outras oportunidades para incluir esses pontos em futuras legislações. Lummis também reconheceu que o projeto aprovado não é perfeito, mas considera que é um passo na direção certa. A proposta agora seguirá para análise na Câmara dos Representantes, onde os deputados discutirão as emendas feitas no Senado.
A senadora Elizabeth Warren, de Massachusetts, criticou duramente os republicanos, afirmando que eles estão priorizando cortes que afetam a saúde de milhões de pessoas em troca de um “cheque” de US$ 15 bilhões para a Meta, empresa controladora do Facebook. Segundo ela, isso demonstra que o foco do Congresso está mais em beneficiar grandes corporações do que em ajudar a população.
