O mercado de criptomoedas estava em alta, alcançando US$ 3,87 trilhões na manhã desta quarta-feira. O Bitcoin (BTC) estava sendo comprado por US$ 111,2 mil, com uma leve valorização de 1,2%. Apesar disso, a dominância do BTC caiu para 57,2%, e o sentimento entre os investidores parecia neutro, com 47% deles em busca de oportunidades, enquanto algumas altcoins mostravam ganhos de até 100%.
No cenário econômico mais amplo, a aversão ao risco ainda pairava sobre o mercado. Um dos fatores que influenciaram isso foi a decisão de Lisa Cook, do Federal Reserve, de não acatar uma ordem de demissão do então presidente Donald Trump. Além disso, as ações de empresas de tecnologia estavam se valorizando, impulsionando índices como o S&P 500 e Nasdaq, que fecharam em 6.465,94 (+0,41%) e 21.544,27 (+0,44%), respectivamente.
Alguns especialistas, entretanto, expressavam preocupações sobre o futuro do Bitcoin. O analista Gaah da Crypto Quanto notou que a movimentação atual do BTC lembrava o que ocorreu no final de 2021, quando o mercado viu uma grande queda após o Fed aumentar as taxas de juros para controlar a inflação que havia subido com a pandemia.
Gaah observou que os dados sobre a “Taxa de Compra e Venda do Comprador” estavam abaixo de um, sinalizando um domínio dos ursos — aqueles que apostam na queda do preço das criptomoedas. A Glassnode também revelou que a atividade em rede do Bitcoin estava em declínio, sugerindo que uma quebra abaixo da média anual de US$ 21,6 bilhões poderia sinalizar uma diminuição na demanda.
Quando falamos das altcoins, Ethereum (ETH) e Solana (SOL) estavam em destaque, sendo negociadas a US$ 4.597 (+4%) e US$ 204 (+8,9%) respectivamente. A queda da dominância do Bitcoin permitiu um espaço para que esses tokens ganhassem força, ajudados pela diminuição do índice de medo da CBOE, que caiu para 14,75 pontos.
Os fundos negociados em bolsa (ETFs) voltados para Bitcoin e Ethereum mostraram um desnível interessante entre os investidores. As entradas líquidas foram de US$ 88,20 milhões para Bitcoin e US$ 455 milhões para Ethereum, evidenciando o maior apetite pelo segundo.
Analisando o mercado de futuros, o Interesse Aberto subiu para US$ 206,1 bilhões, um aumento de 0,9%, enquanto o volume de negociação caiu para US$ 350,6 bilhões (-20,9%). A liquidação de traders alavancados recuou para US$ 262,7 milhões, revelando um certo equilíbrio entre aqueles apostando na alta (touro) e na baixa (urso).
Nota-se que, com o risco menor e o desinteresse pelo Bitcoin, tanto os pequenos investidores quanto os grandes, conhecidos como “baleias”, estavam começando a comprar altcoins. O índice de força relativa (RSI) médio das criptomoedas estava em 46,44 pontos, com muitos tokens em zonas de compra. Porém, alguns, como NMR, DEXE e SOL, estavam em regiões de forte compra, enquanto outros, como ASR e BAND, mostravam sinais de venda.
A movimentação das altcoins também é interessante. O índice altseason, que mede o desempenho das 100 maiores altcoins, estava em 44 pontos. Entre as mil maiores, o ENA estava a US$ 0,61 (-3,2%) e o JTO a US$ 1,94 (+9,2%). Importantes altas incluem o CRO a US$ 0,23 (+43,6%) e o NMR alcançando US$ 16,44, uma impressionante alta de 100%.
Dentre as novidades, algumas altcoins foram listadas em exchanges como a Bitget e Binance, o que pode ter movimentado a atenção dos investidores.
No dia anterior, o mercado esteve sujeito a pressões relacionadas a Trump, o que segurou o Bitcoin abaixo da marca de US$ 110 mil. Acompanhar esses movimentos pode ser uma boa ideia para quem busca entender o comportamento deste universo em constante mudança.
