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Stablecoins superam US$ 300 bilhões em criptomoedas hoje

O mercado de criptomoedas trouxe uma novidade animadora: as stablecoins atingiram uma marca histórica de US$ 300 bilhões de capitalização. Esse valor é um indicativo do quão importante esse tipo de ativo se tornou, servindo como uma ponte vital entre o mundo das finanças tradicionais e o universo cripto.

O crescimento das stablecoins mostra a alta demanda dos investidores, que as veem como fundamentais na liquidez que sustenta moedas como Bitcoin (BTC) e Ethereum (ETH). Elas não são apenas uma moda passageira, mas sim peças-chave na nova economia digital.

O domínio do USDT e o avanço de novos players

O Tether (USDT) ainda reina, com um valor de mercado em torno de US$ 176 bilhões, representando mais da metade da oferta total de stablecoins. Logo atrás dele, está o USD Coin (USDC), da Circle, com US$ 74 bilhões. Porém, uma novidade começou a ganhar destaque: o USDe, da Ethena, que se tornou a stablecoin que mais cresceu em 2025, alcançando US$ 14,8 bilhões rapidamente. A popularidade do USDe se deve ao interesse dos investidores por alternativas que proporcionam rendimento, transcendendo o tradicional modelo baseado em moedas fiduciárias.

E não podemos esquecer dos concorrentes emergentes, como Sky e WLFI, que estão aos poucos conquistando seu espaço no mercado. Isso mostra que ainda há muita área para crescimento e inovação nesse setor.

Onde estão as stablecoins? ETH lidera

A maior parte das stablecoins ainda está concentrada na rede Ethereum, com cerca de US$ 177 bilhões emitidos diretamente nessa blockchain. Outras redes também estão se destacando, como:

  • Tron: US$ 76,9 bilhões
  • Solana: US$ 13,7 bilhões
  • Arbitrum: US$ 9,6 bilhões

Essas stablecoins agora funcionam como reservas de liquidez e meios de pagamento essenciais em diversos ecossistemas descentralizados, demonstrando a sua importância na infraestrutura das blockchains.

Projeções: US$ 1,2 trilhão até 2028

Um relatório da Coinbase sugere que o valor do mercado de stablecoins pode chegar a US$ 1,2 trilhão até 2028. Essa previsão considera fatores cruciais, como:

  • Avanços regulatórios que favorecem as criptomoedas.
  • Uma aceitação crescente de ativos tokenizados.
  • Uma maior integração entre finanças tradicionais e o mundo cripto.

Esses pontos reforçam a ideia de que as stablecoins são mais do que simples ferramentas financeiras, elas são componentes estruturais da economia digital em evolução.

Efeitos sobre o BTC

Pesquisas de 2021 já indicavam que a emissão de stablecoins influencia a liquidez no mercado de criptomoedas. Embora o aumento na oferta não altere imediatamente o preço do Bitcoin, ele pode gerar volumes de negociação maiores, criando um ambiente propício para compras significativas. Vale observar que, em momentos de queda no preço do BTC, geralmente há um aumento na emissão de Tether, reforçando sua função de “porto seguro” em situações instáveis.

Muitas vezes, observamos que grandes compras de Bitcoin acontecem após uma nova emissão de stablecoins, criando um ciclo de entrada de capital que pode levar à valorização das criptomoedas.

Efeitos sobre o ETH

O Ethereum também colhe benefícios desse crescimento das stablecoins. Esses ativos e outros que são tokenizados geram uma demanda constante pela rede, agindo como um suporte de valor para o ETH.

Dados da Token Terminal mostram que, mesmo durante períodos de baixa, como 2022, a presença de ativos tokenizados ajudou a estabilizar o valor do mercado do Ethereum, evitando quedas ainda mais bruscas. Conforme mais ativos reais migram para blockchains, esse suporte torna-se cada vez mais sólido, solidificando a resiliência do Ethereum frente à volatilidade do mercado.

Rafael Cockell

Administrador, com pós-graduação em Marketing Digital. Cerca de 4 anos de experiência com redação de conteúdos para web.

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