O Bitcoin pode estar prestes a viver um “segundo semestre dos sonhos”, segundo Geoff Kendrick, analista do Standard Chartered. Em sua análise, ele destacou o crescente interesse de investidores institucionais e a compra do ativo por empresas para suas tesourarias. Essa notícia surgiu pouco antes de o Bitcoin romper a barreira dos US$ 109.000 depois de três semanas.
Kendrick acredita que as compras nos próximos trimestres devem superar a quantidade significativa de 245.000 BTC adquiridos no segundo trimestre deste ano. Ele está confiante de que o preço do Bitcoin irá bater novos recordes, superando os US$ 111.814 alcançados em maio. Segundo ele, "o Bitcoin imprimirá novas máximas históricas no segundo semestre".
Um fator interessante mencionado por Kendrick é que o Bitcoin deixou para trás seu padrão histórico de queda nos preços nos 18 meses seguintes a um evento de halving. Normalmente, isso resultaria em descidas nos meses de setembro e outubro de 2025. No entanto, ele alerta que a volatilidade pode aumentar no final do terceiro trimestre e início do quarto. Mesmo assim, Kendrick acredita que, com a contínua demanda de ETFs e compras por tesourarias, os preços devem seguir em alta.
Efeito das reservas de Bitcoin
Recentemente, várias empresas começaram a adotar o Bitcoin como parte de suas tesourarias, inspiradas por pioneiros como a Metaplanet e a Strategy. Apesar de uma saída de US$ 342 milhões dos fundos de índice de Bitcoin na última terça-feira, o total sob gestão ainda ultrapassa US$ 130 bilhões. O iShares Bitcoin Trust (IBIT), da BlackRock, é um dos destaque, administrando mais de US$ 70 bilhões e crescendo rapidamente no mercado.
Além disso, 141 empresas listadas em bolsa agora controlam uma quantidade impressionante de 849.400 Bitcoins, o que dá um valor de mercado de mais de US$ 92 bilhões. A Strategy, que tem investido quase semanalmente em Bitcoin, atualmente possui cerca de 597.000 Bitcoins, avaliados em aproximadamente US$ 65 bilhões.
O cenário do mercado de criptomoedas continua a ignorar as tensões da guerra comercial global entre os EUA e as críticas do ex-presidente Donald Trump ao presidente do banco central americano, Jerome Powell, sobre a necessidade de cortes nas taxas de juros. Durante um evento do Banco Central Europeu em Portugal, Powell reconheceu que, se não fossem essas políticas, o Fed já teria iniciado os cortes este ano.
