STF adota blockchain para compensar emissões de carbono
O Supremo Tribunal Federal (STF) anunciou uma novidade que pode impactar positivamente o meio ambiente: ele começou a usar a tecnologia blockchain para compensar suas emissões de carbono. Essa ação envolve criptoativos emitidos pela Biofílica Ambipar Investimentos Ambientais, que asseguram créditos de carbono registrados em blockchain.
Recentemente, o STF recebeu certificados que comprovam a neutralização das emissões de gases de efeito estufa de 2023 e 2024. Esses documentos são importantes, pois cada crédito de carbono possui um número de série, funcionando como uma prova auditável e transparente das iniciativas climáticas do tribunal.
Programa STF Carbono Zero com blockchain
Essa iniciativa faz parte do programa STF Carbono Zero, resultado de uma parceria com a Ambipar. Um aspecto interessante desse projeto é a tokenização dos créditos de carbono, onde cada tonelada compensada é convertida em um ativo digital exclusivo. Tudo isso é registrado de forma imutável na blockchain.
Esse registro fornece uma maneira clara e segura de garantir que os créditos não sejam manipulados ou reutilizados indevidamente. Além disso, permite que qualquer pessoa possa verificar a origem e o destino dos créditos de carbono usados pelo Supremo. Com isso, a transparência nas ações ambientais do STF ganha muita força.
Segundo o tribunal, a entrega dos certificados reafirma seu compromisso com políticas ambientais de longo prazo. Esse projeto também está alinhado com a Política de Sustentabilidade do Tribunal, que busca integrar tecnologias emergentes para aumentar a transparência e a rastreabilidade nas suas ações. Ao usar a blockchain nesse processo, o STF foca em oferecer mais segurança nas informações e se posiciona como uma instituição que utiliza soluções digitais para alcançar metas ambientais.
Tecnologia para modernização
O Brasil não está apenas observando o uso da blockchain para créditos de carbono. Em agosto, durante o evento Blockchain Rio 2025, o senador Carlos Portinho destacou a relevância dessa tecnologia em várias áreas do serviço público. Em seu discurso, ele enfatizou que o país precisa superar medos e avançar com responsabilidade na transformação digital.
Portinho compartilhou sua experiência ao perceber a falta de soluções tecnológicas eficientes na administração pública. Ele acredita que a blockchain pode trazer mais transparência, eficiência e rastreabilidade aos processos administrativos. “O voto é inviolável, mas o sistema também deve ser”, disse ele, sugerindo que a tecnologia poderia ser aplicada para garantir segurança na apuração dos votos nas eleições.
Essas iniciativas mostram um caminho interessante para a modernização do setor público no Brasil, onde a tecnologia pode ajudar a criar um futuro mais sustentável e confiável.