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Strategy garante pagamento de dívidas mesmo com Bitcoin abaixo de US$ 25 mil

A Strategy, empresa comandada por Michael Saylor, usou recentemente suas redes sociais para reafirmar a força do seu modelo de negócios, mesmo com a queda do Bitcoin. Eles garantem que a relação entre seus ativos e suas dívidas continuará em 2,0 vezes mesmo se o valor do BTC despencar para US$ 25 mil. Para isso, a empresa tem uma métrica própria chamada “BTC Rating”, que ajuda a entender sua saúde financeira em meio às oscilações do mercado.

Esse BTC Rating é uma maneira simples que a Strategy encontrou para avaliar quanto do que ela possui em Bitcoin cobre suas obrigações financeiras. Ao invés de se apoiar em métricas tradicionais que podem ser complexas, eles criaram esse cálculo para mostrar de forma direta se a quantidade de BTC que possuem é suficiente para quitar suas dívidas. Um BTC Rating mais alto significa que a empresa tem um “fôlego” maior para suportar quedas no preço do Bitcoin sem comprometer seus pagamentos.

No momento, a Strategy possui impressionantes 649.870 BTC, que totalizam cerca de US$ 56,99 bilhões, com um custo médio de aquisição de US$ 74 mil. Isso quer dizer que, mesmo que o preço do BTC desça do que foi pago, o BTC Rating ainda seria de 5,9 vezes. Se o Bitcoin cair para seu custo médio de US$ 74 mil, eles ainda se sentiriam confortáveis, com 5,9 vezes de ativos em relação à sua dívida conversível. E se o BTC descer para US$ 25 mil, mesmo assim, essa relação ficaria em 2,0 vezes.

Queda nas ações da Strategy

Essas declarações vêm em um momento delicado para a empresa. As ações da Strategy caíram mais de 49% desde o início de outubro, atingindo patamares que não eram vistos desde o final de 2024. Além disso, a companhia enfrenta o aumento do olhar crítico de provedores de índices, como a MSCI, que está revisando seus critérios e pode excluir empresas que tenham mais de 50% de seus balanços compostos por ativos digitais. Essa decisão está prevista para sair em 15 de janeiro de 2026.

Se a Strategy for retirada dos índices da MSCI, projeções do JPMorgan indicam que isso pode levar a saídas de até US$ 2,8 bilhões. Caso outros provedores sigam o mesmo caminho, os impactos podem ser ainda mais significativos, alcançando despejos de até US$ 8,8 bilhões.

Além disso, a empresa não integrou a mais recente atualização do índice S&P 500, o que significa mais uma oportunidade que passou.

Rafael Cockell

Administrador, com pós-graduação em Marketing Digital. Cerca de 4 anos de experiência com redação de conteúdos para web.

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