Sucateiro recicla para comprar Bitcoin e prioriza educação
O Bitcoin (BTC) vem crescendo de forma impressionante, especialmente com a crescente adesão de instituições nos últimos dois anos. Mas o que realmente torna essa criptomoeda especial é o impacto que pode ter na vida das pessoas e a forma como transforma as finanças do dia a dia. Um ótimo exemplo disso é Bruno Oliveira, conhecido como “Sucateiro Cripto”.
Há cerca de dois anos, o “Portal do Bitcoin” contou a história desse entusiasta, que se interessou por criptomoedas ao assistir a um episódio de “The Big Bang Theory”. Atualmente, ele não só investe em Bitcoin, mas também desenvolve projetos educacionais sobre a moeda e até um token foi criado em sua homenagem.
Oliveira compartilha que viu no Bitcoin uma oportunidade acessível, capaz de beneficiar pessoas de diferentes classes sociais. “Meu objetivo é mostrar o lado educativo e acessível, trazendo esse assunto até para as crianças”, explica ele em uma entrevista.
Recentemente, surgiram rumores de que ele estaria perto de alcançar 1 Bitcoin, o que equivaleria a aproximadamente R$ 630 mil. No entanto, Oliveira diz estar distante dessa quantia e afirma: “Meu foco não é ficar rico, mas sim não ficar mais pobre”. A ideia dele é acumular Bitcoin através do seu trabalho com reciclagem.
Atualmente, ele tem apenas Bitcoin em sua carteira e aspira a atingir 0,1 BTC. Para isso, utiliza uma estratégia chamada DCA (Média de Custo em Dólar), fazendo comprinhas frequentes. Ele realiza pequenas compras, como 1 satoshi por minuto, o que resulta em cerca de R$ 60 por semana.
Token do Sucateiro
Recentemente, um desenvolvedor anônimo lançou um token em homenagem ao Oliveira, chamado $BitCan, na plataforma Bags. Em um período curto, o ativo alcançou uma capitalização de US$ 400 mil, gerando cerca de US$ 18 mil em taxas que supostamente foram enviadas a Oliveira. Contudo, alguns usuários nas redes sociais levantaram suspeitas sobre a legitimidade do projeto.
Oliveira, por sua vez, se mostrou surpreso com a criação do token, afirmando que não tinha nenhum envolvimento com ele. “Foi inesperado. De repente, todo mundo está falando de mim por causa de uma postagem. Alguém que eu não conheço criou um token e eu nem sabia que ele existia”, comenta.
Ele encara isso como um gesto da comunidade e expressa sua gratidão. Apesar de ter comprado um pouco de BitCan, diz que não fez isso pensando em lucro, mas sim como um item colecionável que faz parte da sua história.
Projetos Educacionais
Apesar de ser reconhecido pelo seu projeto de comprar Bitcoin com reciclagem, Oliveira revela que isso não é seu trabalho principal. Ele atua em uma empresa de semijoias e dedica seu tempo livre à reciclagem. Além disso, ele também escreve livros infantis, que considera muito gratificantes e usa os lucros para financiar novos projetos.
Até agora, ele lançou três livros infantis e um jogo da memória, todos focados em Bitcoin e criptomoedas. No próximo domingo (24), ele vai lançar uma apostila que apresenta a história do Bitcoin de forma lúdica, com imagens para colorir.
“Criar livros infantis não é fácil, então quem quiser apoiar essa iniciativa será muito bem-vindo”, ressalta Oliveira. Recentemente, ele recebeu um convite para participar da primeira conferência de Bitcoin no Paraguai, o que representa mais uma oportunidade de compartilhar seu conhecimento e experiências.
Para ele, esses dois anos dedicados ao Bitcoin foram muito mais do que apenas ganhos financeiros. “O que mais ganhei foram aprendizado, conexões e a chance de inspirar minhas filhas e outras pessoas”, finaliza.