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Tether mira avaliação de US$ 500 bilhões em nova rodada

A Tether Holdings, grande referência no mundo das stablecoins, está em busca de levantar até US$ 20 bilhões em uma colocação privada. Se essa meta for alcançada, a empresa poderá ser avaliada em até US$ 500 bilhões. Essa valorização a colocaria no mesmo patamar de empresas como a OpenAI, que trabalha com inteligência artificial, e a SpaceX, do Elon Musk, ambas com valuations parecidos.

Sediada em El Salvador, a Tether está tentando levantar entre US$ 15 bilhões e US$ 20 bilhões por uma participação de cerca de 3%. Contudo, fontes citadas pelo Bloomberg destacam que esse número pode ser apenas uma meta e não necessariamente a quantia final, já que as discussões ainda estão em estágio inicial e podem sofrer modificações.

Esse movimento da Tether demonstra como as stablecoins estão ganhando cada vez mais espaço, especialmente em um cenário político e regulatório mais favorável nos Estados Unidos, com a aprovação da Genius Act, que permite a emissão e negociação dessas moedas digitais.

Recentemente, o CEO da Tether, Paolo Ardoino, comentou sobre a criação do USAT, uma stablecoin voltada especificamente para o mercado americano. Durante uma visita à Casa Branca, ele também falou sobre as mudanças que estão por vir, incluindo novas aplicações para essa moeda. No mês passado, a Tether nomeou Bo Hines, ex-diretor do grupo de ativos digitais da Casa Branca, como responsável pela empresa nos Estados Unidos.

Tether vs Circle

No início do verão americano, a rival Circle estreou suas ações na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE). A estreia foi um sucesso, superando grandes nomes da tecnologia como Meta, Robinhood e Airbnb, quase quadruplicando seu preço inicial de US$ 31. Hoje, o valuation da Circle passa de US$ 30 bilhões.

Por outro lado, a Tether possui uma capitalização de mercado de aproximadamente US$ 172,7 bilhões, mais que o dobro da Circle, que está avaliada em US$ 73,9 bilhões, conforme dados do CoinGecko.

Recentemente, Hines afirmou em uma conferência em Seul que a Tether não planeja levantar recursos financeiros agora, segundo informações do Bloomberg. O novo acordo será sobre a emissão de ações, e não a venda de participação dos investidores atuais. O banco de investimentos Cantor Fitzgerald será o consultor principal nesse processo.

Nos últimos dias, potenciais investidores tiveram acesso a uma data room, uma sala virtual onde podem analisar sua participação. O fechamento do acordo é esperado para o final deste ano.

De acordo com os relatos da empresa, a Tether emitiu US$ 20 bilhões em USDT nos primeiros seis meses do ano, gerando um lucro líquido de US$ 5,7 bilhões, sendo US$ 4,9 bilhões somente no segundo trimestre. A companhia ainda mantém Bitcoin e ouro em sua reserva de ativos.

Rafael Cockell

Administrador, com pós-graduação em Marketing Digital. Cerca de 4 anos de experiência com redação de conteúdos para web.

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