Notícias

Traficantes em Rondônia e Mato Grosso do Sul usavam criptomoedas

A Polícia Civil de Rondônia divulgou, nesta quarta-feira, detalhes de uma operação que desmantelou um esquema interestadual de tráfico de drogas. Esse grupo utilizava criptomoedas como forma de pagamento, um método que complicava o rastreamento das transações e permitia o fluxo de dinheiro entre Rondônia e Mato Grosso do Sul.

As investigações mostraram que a quadrilha tinha uma estrutura bem organizada, cuidando de tudo, desde a aquisição e análise das drogas até o transporte e a lavagem de dinheiro. Um químico fazia parte do time, encarregado de determinar a pureza dos entorpecentes antes da distribuição. A logística utilizava rotas fixas entre os dois estados, com motoristas e intermediários sempre prontos para mover as cargas.

Além disso, os investigadores descobriram que o grupo utilizava empresas de fachada e “laranjas” para movimentar dinheiro e dar aparência de legalidade às suas operações financeiras. Os pagamentos em criptomoedas eram uma parte crucial desse esquema, tornando ainda mais difícil o rastreamento das transações e ajudando a expandir a atuação criminosa.

Criptomoedas para ocultar valores

Dentre os alvos da investigação, encontram-se empresários, o filho de um vereador e uma estudante de Medicina. Cada membro da quadrilha tinha um papel definido, que ia desde a gestão das operações até o suporte financeiro.

A operação foi realizada em várias cidades de Rondônia, como Porto Velho, Ji-Paraná, Ariquemes, entre outras. Agentes também cumpriram ordens judiciais em Campo Grande e Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul, locais estratégicos na distribuição das drogas.

O Poder Judiciário autorizou 78 medidas cautelares, que incluíam nove mandados de prisão e 23 de busca e apreensão. Além disso, a operação resultou no bloqueio e sequestro de bens avaliados em cerca de R$ 15 milhões, abrangendo veículos, contas bancárias e outros ativos ligados ao grupo.

A Polícia Civil ressaltou que o trabalho continua e que novas ações podem surgir conforme a análise dos documentos e dispositivos apreendidos avança.

Rafael Cockell

Administrador, com pós-graduação em Marketing Digital. Cerca de 4 anos de experiência com redação de conteúdos para web.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo