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World Liberty Financial lança token WLFI com apoio de Trump

O token WLFI, da World Liberty Financial, uma empresa que tem o apoio do ex-presidente Donald Trump, começa a ser negociado neste Labor Day, comemorado no dia 1º de setembro. Esse lançamento é interessante, pois marca a primeira entrada da empresa no mercado público. A estreia acontece após várias rodadas de captação privada e indicações de analistas sobre os riscos que os investidores de varejo podem enfrentar.

O WLFI é apresentado como um token de governança que se conecta à stablecoin da empresa e ao seu futuro aplicativo de pagamentos. No lançamento, apenas uma fração dos 33 bilhões de tokens disponíveis estará em negociação; a maior parte está nas mãos de investidores iniciais e insiders.

Os criadores do WLFI destacam que esse lançamento representa um “momento decisivo” para o projeto. Eles afirmam que a base está sólida e a comunidade cresce rapidamente, mostrando confiança para avançar. Essa declaração vem de uma proposta que foi divulgada em julho.

Por outro lado, no começo de agosto, a equipe de analistas da Compass Point chamou a atenção para o fato de que o WLFI poderia ser um risco significativo para os traders de varejo. Eles alertam que, se as negociações não forem bem, isso poderá resultar em grandes perdas, especialmente devido ao controle que insiders têm sobre a maior parte das participações.

As movimentações no mercado já mostraram um aumento considerável: o volume de derivativos do WLFI chegou a US$ 3,13 bilhões em 24 horas, um aumento de mais de 400%. A Binance também confirmou que irá listar o token à 1h da manhã, horário de Brasília, o que deve aumentar ainda mais o interesse.

Preocupações com o Mercado

Além das expectativas em relação ao WLFI, surgem questionamentos sobre sua regulamentação. Segundo Andrew Rossow, advogado e CEO da AR Media Consulting, a estreia desse token pode indicar se o poder político consegue mudar, ou reinterpretar, as leis de criptomoedas nos EUA de maneira rápida.

O fato de o WLFI não ter sido classificado como um valor mobiliário pela SEC, mesmo com a concentração de propriedade e vínculos políticos, levanta preocupações sobre a proteção ao investidor. Rossow argumenta que isso envia uma mensagem preocupante: se uma empresa tiver capital e apoio político suficientes, pode evitar os padrões de proteção.

Essa situação gera um debate sobre a integridade do mercado. Rossow ainda reforça que, ao hesitar, os reguladores podem acabar normalizando conflitos de interesse, o que poderia afetar a confiança do público no sistema. Essa é uma preocupação maior do que apenas a estreia de um novo token.

O WLFI não é apenas um novo ativo financeiro; ele é, de certa forma, um experimento no cruzamento entre influência política e infraestrutura digital. Essa iniciativa pode moldar o futuro do setor, mas, constitucional e eticamente, levanta várias questões importantes.

O cenário está sempre mudando, principalmente no mundo das criptomoedas, e cada nova movimentação traz seus desafios e oportunidades.

Rafael Cockell

Administrador, com pós-graduação em Marketing Digital. Cerca de 4 anos de experiência com redação de conteúdos para web.

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