A Polícia Civil do Tocantins lançou na última sexta-feira (22) a operação chamada Fraus. O objetivo? Desmantelar uma organização criminosa que estava por trás da exploração ilegal de jogos de azar, lavagem de dinheiro e outras atividades ilegais. Entre as pessoas presas, destacam-se a influenciadora Karol Digital e seu namorado. Além disso, as autoridades estão acompanhando transações em criptomoedas ligadas aos investigados.
Durante a operação, 40 policiais civis participaram de ações simultâneas nas cidades de Araguaína, Babaçulândia e Palmeirante, no norte do Tocantins. Foram cumpridos 23 mandados de busca e apreensão, assim como ordens de prisão preventiva e sequestro de bens. Esse tipo de abordagem busca interromper a continuidade das atividades ilegais e proteger a economia popular.
Cabeças de gado e criptomoedas da influenciadora Karol Digital foram apreendidos
Brasil afora, os detalhes das apreensões vão chamando a atenção. Conforme informações da Secretaria de Segurança Pública, durante as buscas, os agentes encontraram veículos de luxo como uma McLaren avaliada em R$ 3 milhões, um Porsche de R$ 850 mil, além de uma BMW blindada e uma caminhonete RAM. E não parou por aí! Duas motocicletas também foram apreendidas, assim como cerca de R$ 45.455,00 em dinheiro.
Mas a operação teve um alcance ainda maior. A Justiça também autorizou o sequestro de imóveis e até de cabeças de gado e cavalos. As contas de criptoativos de pessoas envolvidas no caso também estão sendo investigadas. Karol Digital, que tem cerca de 1,5 milhão de seguidores no Instagram, é citada por promover jogos de azar, como a popular Tigrinho.
O delegado Wanderson Chaves de Queiroz, que está à frente das investigações, revelou que a estrutura montada pelo grupo visava dificultar o rastreamento das transações financeiras. Ele afirma que as ações da influencer nas redes sociais contribuíam para a promoção de jogos ilegais, o que levantou uma bandeira vermelha para as autoridades.
Rastreio de criptomoedas
A parte técnica da operação também merece destaque. O Ciberlab, vinculado ao Ministério da Justiça, utilizou seu Núcleo de Operações em Criptoativos para ajudar na localização e rastreamento dos valores movimentados pelo grupo. Esse apoio especializado foi essencial para mapear os fluxos financeiros e identificar as carteiras digitais usadas na ocultação de recursos.
Essas investigações estão se tornando cada vez mais complexas e sofisticadas, mostrando como a tecnologia pode ajudar a combater crimes desses tipos. Com muitas transações acontecendo no mundo das criptomoedas, o trabalho das autoridades é fundamental para garantir que esses recursos não sejam utilizados para atividades ilícitas.
