Harvard aumenta investimento em Bitcoin para R$ 2,3 bilhões
A Universidade de Harvard fez um movimento ousado e aumentou bastante sua exposição ao Bitcoin no terceiro trimestre deste ano. A instituição elevou sua participação no ETF de criptomoedas da BlackRock, que é uma das maiores gestoras de ativos do mundo.
Em um relatório enviado à Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC), a Harvard Management Company revelou que, até 30 de setembro, possuía 6,8 milhões de ações do iShares Bitcoin Trust, da BlackRock. Essa posição estava avaliada em aproximadamente US$ 442,8 milhões, ou cerca de R$ 2,3 bilhões. Para se ter uma ideia, isso representa um salto considerável em relação às 1,9 milhão de ações que a universidade detinha em 30 de junho.
Mesmo que essa alocação seja apenas uma fração do fundo patrimonial total de Harvard, que é de US$ 56,9 bilhões, esse movimento indica uma mudança na forma como a universidade vê o Bitcoin e no que diz respeito à sua estratégia de investimentos.
Agora, vamos entender um pouco mais sobre o cenário das universidades se envolvendo com criptomoedas.
Investimento de universidades no Bitcoin
Harvard não está sozinha nessa jogada. Outras universidades também estão dando passos em direção ao universo das criptomoedas. Por exemplo, a Brown University possui US$ 13,8 milhões em ações do ETF IBIT. A Emory University, por sua vez, também relatou um aumento em seus investimentos, listando 1 milhão de ações do Grayscale Bitcoin Mini Trust, que estão avaliadas em US$ 52 milhões — quase o dobro do que tinha no trimestre anterior. Além disso, a Emory revelou que tinha 4.450 ações do iShares Bitcoin Trust, somando cerca de US$ 289 mil em valor.
Essa movimentação acontece em um momento em que os ETFs de Bitcoin de efeito à vista estão passando por saídas significativas. Somente na última quinta-feira, os 11 ETFs à vista de Bitcoin perderam quase US$ 867 milhões — um dos maiores totais diários desde a aprovação pela SEC em janeiro de 2024. E na sexta-feira, mais US$ 462 milhões deixaram esses fundos, de acordo com informações da Farside Investors.
Mesmo com essa instabilidade nos preços do Bitcoin — que começou a semana valendo US$ 107 mil, mas caiu para abaixo de US$ 95 mil ao longo da sexta-feira — as escolhas das universidades refletem uma estratégia de investimento de longo prazo. Elas estão depositando sua confiança, especialmente, no ETF da BlackRock, que se tornou bastante popular entre os investidores.
Informações como essas fazem todo o sentido em um cenário em que mais empresas e governos estão se aventurando a ter Bitcoin em suas tesourarias. A aprovação dos ETFs de Bitcoin à vista trouxe uma nova luz para os fundos patrimoniais, permitindo que eles tratem esses ativos com a mesma seriedade de qualquer outra ação no mercado.





