Sony anuncia cripto no PlayStation e stablecoin em 2026
A Sony decidiu dar um passo ousado e anunciou que começará a aceitar pagamentos em criptomoedas no PlayStation. A novidade foi divulgada no dia 1º de dezembro de 2025, e junto com isso, a empresa revelou planos para lançar uma stablecoin que deve chegar em 2026.
Esse projeto é parte do Sony Bank, o braço financeiro do grupo, que tem como objetivo transformar as transações digitais e diminuir custos operacionais nos Estados Unidos. A stablecoin será atrelada ao dólar americano e, inicialmente, focará no público dos EUA, que responde por cerca de 30% das vendas internacionais da Sony. Com essa nova moeda, será possível realizar pagamentos por jogos, serviços de assinatura e até conteúdos de anime dentro do ecossistema PlayStation.
Uma das vantagens dessa mudança é que ela não substituirá as formas tradicionais de pagamento, mas funcionará como uma alternativa, diminuindo a dependência de redes de cartões, que muitas vezes consomem uma parte significativa da margem de lucro das empresas de entretenimento.
Cripto, Sony, Stablecoin e PlayStation
O Sony Bank já começou sua jornada no universo cripto ao solicitar, em outubro, uma licença bancária nos EUA. O intuito é estabelecer uma subsidiária que será responsável pela emissão e custódia da sua stablecoin. Para isso, fez parceria com a Bastion, que cuida da infraestrutura operacional da moeda. Essa parceria é um passo importante, especialmente considerando que a Sony também participou de um investimento na Bastion, que levantou US$ 14,6 milhões, liderado pela Coinbase Ventures.
O Sony Bank tem intensificado sua presença no setor de Web3 desde junho, implementando uma divisão exclusiva para explorar ativos digitais, carteiras de NFTs e serviços em exchanges. Batizada de BlockBloom, essa unidade recebeu um capital inicial de 300 milhões de ienes. O objetivo aqui é conectar fãs, artistas e experiências digitais com o sistema financeiro tradicional. Essa movimentação foi incentivada pela separação do Sony Financial Group do restante da corporação, permitindo uma maior liberdade nas decisões.
Além disso, a Sony Block Solutions Labs ampliou sua atuação ao lançar a Soneium, uma rede de segunda camada construída sobre o Ethereum. Após quatro meses de testes, a infraestrutura já processou mais de 14 milhões de usuários e 47 milhões de transações. A intenção é simplificar a interação com blockchain, oferecendo ferramentas de engajamento baseadas em NFTs e sistemas de recompensas, facilitando assim a jornada de quem deseja criar conteúdo digital.
Soneium
A Soneium visa tornar a tecnologia da Web3 invisível para os usuários, permitindo que jogadores e criadores naveguem de forma fluida pela plataforma. De acordo com Sota Watanabe, diretor da Sony BSL, a blockchain deve “funcionar de maneira invisível”, criando experiências que sejam naturais e intuitivas. Ele acredita que o entretenimento é uma excelente porta de entrada para novas tecnologias, pois conecta-se a um público amplo.
Usando o OP Stack da Optimism e a arquitetura Superchain, a Soneium pretende unir a criatividade e emoção ao mundo da blockchain. A Sony já manifestou a intenção de integrar essa infraestrutura nas suas divisões de música, cinema e jogos, criando um ecossistema recheado de aplicativos práticos que dialogue com os produtos existentes.
Recentemente, a gigante japonesa LINE, com cerca de 200 milhões de usuários ativos, entrou no jogo. Quatro miniaplicativos, como Sleepagotchi e FARM Frens, estão migrando para a Soneium, abrindo espaço para compras no jogo, recompensas e uma melhor integração com a Web3. Para a Sony, essa é uma oportunidade incrível de atrair usuários que ainda não tiveram contato com blockchain.
Dessa forma, a empresa busca suavizar a transição entre o tradicional e a nova economia digital. Jun Watanabe, presidente da divisão, acredita que a parceria com a LINE aumentará o engajamento de maneira inédita e que facilitar a vida dos usuários será crucial para uma adoção natural das tecnologias emergentes.





