O Bitcoin está em alta novamente, superando a marca de US$ 90.000 pela primeira vez desde a semana passada. Em um momento, parecia que poderia registrar um dos maiores ganhos diários desde maio.
Por volta das 14h45 (horário de Brasília), a criptomoeda estava sendo negociada a US$ 91.587, um aumento de 7,47% nas últimas 24 horas, segundo dados da CoinGecko. O maior aumento diário deste ano ocorreu em 2 de março, quando o Bitcoin subiu 9,52%.
Esse crescimento repentino gerou a liquidação de US$ 157 milhões em contratos de venda a descoberto, além de mais de US$ 312 milhões em derivativos de criptomoedas, como informou a Coinglass.
Nas últimas horas, o volume de negociação também disparou, ultrapassando US$ 92 bilhões. Vale destacar que outras criptomoedas, como Ethereum e XRP, também apresentaram desempenhos robustos. O Ethereum, que está prestes a passar pela atualização de sua rede, subiu 10% e voltou a ultrapassar os US$ 3.000, enquanto o XRP teve um ganho de 8,68%, sendo negociado a US$ 2,17.
Os analistas comentam que o cenário para as criptomoedas ainda é delicado. O desempenho do Bitcoin até o final do ano vai depender do que sairá da reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC), marcada para os dias 9 e 10 de dezembro.
Recentemente, o banco central dos EUA finalizou seu programa de aperto quantitativo. De acordo com a equipe de operações da Wintermute, o FED injetou US$ 13,5 bilhões para aliviar as tensões de liquidez no final do ano. Essa injeção, embora significativa, é uma medida padrão para estabilização a curto prazo, e não representa uma mudança mais ampla de política.
Os preços das criptomoedas frequentemente seguem a movimentação dos ETFs (fundos negociados em bolsa). Na semana passada, os ETFs de Bitcoin, Ethereum e XRP se recuperaram, com entradas de mais de US$ 1 bilhão, segundo a gestora de ativos digitais CoinShares.
Durante a sessão de segunda-feira, os ETFs de Bitcoin continuaram em alta, com entradas líquidas de US$ 8,5 milhões. Por outro lado, os ETFs de Ethereum tiveram uma leve saída de US$ 79 milhões, enquanto os fundos de Solana registraram resgates de US$ 13,5 milhões.
Essas movimentações refletem um ponto de atenção no mercado, que continua a mostrar sua fragilidade e a depender de fatores macroeconômicos mais amplos.
