Meta registra prejuízo bilionário no metaverso e anuncia cortes
Em 2021, o Facebook anunciou uma mudança significativa, trocando seu nome para Meta e revelando seu grande interesse pelo Metaverso. Agora, quatro anos depois, a situação é bem diferente. A empresa decidiu reduzir em 30% as vagas do Reality Labs, a parte dedicada ao desenvolvimento do Metaverso. As demissões devem começar no início de 2026. Parece que a Meta não anda muito satisfeita com seus resultados nesse setor.
De acordo com informações surgidas, a Meta está passando por uma reestruturação que afeta todos os seus setores, embora a maioria deles tenha uma redução nos investimentos de um máximo de 10%. O Reality Labs, o responsável por projetos como o Horizon Worlds e os headsets Quest, será o mais impactado. E isso não é para menos; o departamento já acumulou perdas de cerca de US$ 70 bilhões em quatro anos.
Em 2021, o Metaverso parecia ser a grande aposta do futuro, mas os ventos mudaram. Agora, a Meta quer focar suas energias em outra área que está se destacando: a Inteligência Artificial (IA). O entusiasmo pelo Metaverso despencou, e os tokens desse setor perderam mais de US$ 1 bilhão em valor de mercado.
Sai o metaverso, entra IA
Fontes próximas às negociações afirmaram que a equipe do Metaverso foi pressionada a cortar ainda mais os gastos. A razão? A Meta não espera que o mundo como um todo migre para a realidade virtual e mundos virtuais na velocidade que se imaginava. O clima não está favorável.
Mark Zuckerberg, CEO da Meta, já havia se pronunciado em 2023 para desmentir rumores de que a empresa estava abandonando o Metaverso. Naquele momento, ele considerou as alegações como “imprecisas”. No entanto, o progresso no Horizon Worlds foi abaixo das expectativas, e suas ações chegaram a cair mais de 70% entre 2021 e 2023.
Parece que a mudança de foco agradou o mercado. No pregão do dia 04, as ações da Meta subiram 4,2%, alcançando um valor de US$ 667,46. Durante o último ano, Zuckerberg se dedicou a modelos de IA generativa e ao desenvolvimento de hardware para suportá-los.
Enquanto isso, o interesse nas plataformas de metaverso desapareceu nos mercados de criptomoedas. O Render, que era o maior token da categoria, agora está avaliado em menos de US$ 1 bilhão e já não figura no Top 100 das criptomoedas. A rede tentou se reinventar para uma proposta mais descentralizada, focando em renderização 3D e cargas de trabalho de IA, mas isso não teve o efeito desejado no preço de seu token.





