Bancos do G7, incluindo Santander e Citi, lançam stablecoins
Dez dos maiores bancos do mundo decidiram se unir para criar stablecoins que estejam atreladas às moedas do G7. Para quem não está por dentro, o G7 é um grupo que inclui países como Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido. O foco dessa iniciativa é digitalizar algumas das moedas mais importantes, como o dólar americano, o dólar canadense, o euro, o iene japonês e a libra esterlina.
Ainda não ficou claro se a ideia é desenvolver uma stablecoin para cada uma dessas moedas ou se será uma única stablecoin, que vai misturar essas diferentes moedas. Se essa última opção for escolhida, o projeto lembra um pouco a Libra, que foi uma tentativa de criptomoeda proposta pelo Facebook e não obteve a aprovação dos reguladores.
Consórcio engajado com grandes nomes
Esse anúncio foi feito pelo BNP Paribas na última sexta-feira, e conta também com a participação de outros bancos renomados, como Santander, Bank of America, Goldman Sachs e Citi. A união deles visa a criação de stablecoins que são lastreadas em reservas 1:1, garantindo uma forma de dinheiro digital estável que pode ser usada em blockchains públicas e focada nas moedas do G7.
O comunicado destaca: “Um grupo de bancos internacionais está explorando juntos uma nova oferta que pode trazer os benefícios dos ativos digitais e aumentar a concorrência no mercado, sempre respeitando as normas regulatórias e práticas de gestão de risco.”
Entre os bancos que fazem parte desse consórcio, encontramos:
- Banco Santander
- Bank of America
- Barclays
- BNP Paribas
- Citi
- Deutsche Bank
- Goldman Sachs
- MUFG Bank Ltd
- TD Bank Group
- UBS
Vale ressaltar que três países do G7 compartilham a mesma moeda, o euro, o que significa que, no final das contas, o foco estará em cinco moedas específicas:
- Dólar americano (USD) — Estados Unidos
- Libra esterlina (GBP) — Reino Unido
- Dólar canadense (CAD) — Canadá
- Iene (JPY) — Japão
- Euro (EUR) — Alemanha, França, Itália
Recentemente, li que rumores indicavam que grandes nomes como JPMorgan Chase, Bank of America, Citigroup e Wells Fargo estavam planejando um projeto semelhante para lançar uma stablecoin, especificamente atrelada ao dólar americano. Além disso, em fevereiro, o Bank of America já havia mencionado seu interesse em desenvolver sua própria versão de um dólar digital, sem depender de parcerias.
Enquanto isso, na Europa, uma aliança de bancos, incluindo nomes como ING, Banca Sella, e UniCredit, também anunciou planos de lançar uma stablecoin atrelada ao euro até o segundo semestre de 2026.
O crescente interesse por esse tipo de solução está diretamente ligado ao potencial de lucro dessas operações. Os bancos podem usar o lastro das stablecoins para realizar outros investimentos, como em títulos públicos, o que abre espaço para diversas possibilidades financeiras.
Um exemplo do lucro gerado por esse mercado está na Tether, a emissora da USDT, que reportou ganhos de US$ 4,9 bilhões no segundo trimestre deste ano. Isso mostra a força que as stablecoins estão ganhando no cenário financeiro atual.