Bitcoin (BTC) está fazendo história ao iniciar a terceira semana de julho acima da marca de US$ 120.000 por unidade. Essa fase empolgante traz uma nova realidade para o mercado cripto.
O preço do BTC continua em alta e, pela primeira vez, atingiu US$ 123.000 ao encerrar a semana. Essa movimentação se destaca, mesmo com os ganhos de julho se alinhando a um padrão percentual mais comum, considerando os altos valores em dólares. Enquanto isso, a expectativa para a semana é acompanhada de um clima de incerteza em relação à situação do presidente do Fed, Jerome Powell, em meio a preocupações acerca do déficit norte-americano. Especialistas afirmam que esse cenário está impulsionando o Bitcoin, que parece estar longe de uma normalidade típica. Ao mesmo tempo, a dominância do BTC está perdendo força, abrindo espaço para altcoins, que parecem entusiasmadíssimas em aproveitar essa oportunidade.
Traders de Bitcoin observam próximos níveis de topo
Celebratórias por toda parte! O par BTC/USD ultrapassou a marca de US$ 120.000 com um movimento de alta bem forte. Recentemente, as máximas históricas alcançaram US$ 122.600, com um salto impressionante de US$ 10.000 em uma única semana, de acordo com dados de fontes confiáveis.
Após dois meses de movimentação estagnada, a descoberta do preço se apresentou com força total. Mas alguns analistas estão curiosos sobre quanto “combustível” ainda resta no tanque do Bitcoin. Keith Alan, cofundador de um recurso de negociação, comentou que levou 44 meses para um padrão chamado Cup & Handle se formar no gráfico do BTC e que agora o preço está a apenas 2% do alvo que ele identificou para maio de 2024. Embora ele acredite que o preço vá subir ainda mais, a situação do ativo mudou consideravelmente.
Outros traders, como o BitQuant, estão preservando sua expectativa para um preço de US$ 145.000 em breve, enquanto Cas Abbe acredita que o BTC pode chegar a US$ 135.000 ainda no terceiro trimestre, após um forte fechamento semanal.
Um julho como qualquer outro?
Embora os números sejam impressionantes, o aumento percentual do par BTC/USD nos ajuda a perceber que o rali deste mês não é tão extraordinário assim. O Bitcoin teve uma alta de aproximadamente 14% em julho, o que no contexto é relativamente normal.
Historicamente, julho tem sido um mês bom para o Bitcoin, sempre com ganhos expressivos. Dados demonstram que, na última década, o mês gerou retornos de mais de 20%, enquanto o desempenho no terceiro trimestre costuma ser mais variável. No entanto, agosto é geralmente um mês desafiador para o ativo.
Muitos analistas observam que, tipicamente, a maior parte dos ganhos ocorre na primeira metade do mês. O especialista Ryan Detrick mencionou que “julho tende a ser um mês forte, mas a maioria dos ganhos ocorre nas primeiras semanas”, sugerindo que alguma consolidação nas próximas duas semanas pode ser esperada.
Sema do CPI enquanto Powell enfrenta pedidos de renúncia
Estamos em uma semana importante para o mercado financeiro, com a divulgação do Índice de Preços ao Consumidor (CPI) e do Índice de Preços ao Produtor (PPI) referentes a junho. As expectativas estão altas, e conforme se aproxima a reunião do Fed sobre taxas de juros, a atenção aos dados de inflação aumenta. Muitos acreditam que os cortes nas taxas não devem acontecer antes de setembro.
Nesse cenário, Jerome Powell, do Fed, enfrenta crescente pressão de figuras políticas, como o ex-presidente Donald Trump. Trump criticou a atuação de Powell, sugerindo que ele deveria renunciar, dado o que considera uma má gestão.
Dívida dos EUA coloca o Bitcoin em “modo crise”
Enquanto o debate sobre a inflação ocupa os noticiários, uma preocupação muito maior se desenha: a dívida dos Estados Unidos. Com o déficit disparando e registrado em US$ 316 bilhões em maio, a situação financeira dos EUA é delicada.
Análises recentes relatam que o Bitcoin perdeu menos valor em um período longo do que outras moedas, contrastando um crescimento de mais de US$ 1 trilhão num período de três meses. Ao se aprofundar nessa análise, um recurso especializado afirmou que não estamos em uma situação normal, observando que “as taxas estão subindo, o dólar caiu -11% em 6 meses, e o cripto aumentando sem parar”.
Observações indicam que ventos da macroeconomia global têm favorecido o BTC, destacando que a oferta de moeda atingiu novos recordes. Isso levanta a expectativa sobre como o Bitcoin poderá se comportar nos próximos meses.
A batalha pela dominância do Bitcoin se intensifica
A dominância do Bitcoin no mercado das criptomoedas tem apresentado mudanças significativas, criando um espaço maior para as altcoins. Depois de uma forte performance em junho, atingindo 66%, essa dominância caiu abaixo de 65%, gerando novos movimentos no mercado.
Diversos analistas acreditam que, quando o Bitcoin atinge dominâncias na faixa de 70%, começarão a aparecer ciclos de “altseason”, onde altcoins tendem a ter um desempenho impressionante.
O que se vê agora são várias altcoins, como o Ether (ETH), que subiu quase 20%, disputando cada vez mais espaço. Esse comportamento demonstra que a competição está aquecida, com os traders buscando oportunidades e novidades nesse mercado muito dinâmico.
