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Computação quântica pode ameaçar criptografia até 2030, diz Vitalik

O cofundador do Ethereum, Vitalik Buterin, trouxe um alerta importante essa semana sobre o futuro da criptografia. Ele se baseou em dados da plataforma Metaculus, que prevê uma chance de 20% de que computadores quânticos, capazes de quebrar os sistemas de criptografia que usamos hoje, possam surgir até o final de 2030. O cenário mais provável que esses especialistas apontam é o ano de 2040 como um marco para essa mudança tecnológica.

Essa discussão começou com Ian Miers, um pesquisador de segurança e cofundador da Zcash, que questionou por que certas tecnologias de provas criptográficas, como as do tipo STARK, ainda não são mais utilizadas como soluções de privacidade nas blockchains. Para Miers, a complexidade dessas soluções é um dos principais fatores que limitam sua adoção. Buterin concorda e ressalta que “a complexidade é um custo real e fácil de subestimar”.

Apesar desse obstáculo, Buterin acredita que é imperativo investir em sistemas mais robustos e que resistam à computação quântica. Segundo ele, mesmo que a criptografia com foco em privacidade não tenha sido prioridade até agora, a realidade dos computadores quânticos fará com que a transição para tecnologias como as STARKs se torne urgente. Essas soluções são consideradas “post-quantum”, ou seja, preparadas para enfrentar os desafios futuros nesse campo.

“A complexidade é um custo significativo”, afirma Buterin. “Até agora, a necessidade de privacidade não foi tão evidente. Mas com o avanço da computação quântica, vamos precisar adotar soluções como as STARKs, mesmo em aplicativos que se preocupam com a privacidade do cliente. Mesmo antes disso, a eficiência dessas provas já traz inúmeras vantagens.”

Os STARKs (Scalable Transparent Argument of Knowledge) são uma forma avançada de prova criptográfica que permite verificar informações sem que elas precisem ser reveladas. Ao contrário de soluções mais antigas, as STARKs não exigem configurações secretas e se utilizam de funções matemáticas simples, o que as torna mais seguras e auditáveis.

Além disso, por não dependem de estruturas matemáticas frágeis em relação à computação quântica, são vistas como uma alternativa mais preparada para os desafios do futuro. Esse é um assunto que, sem dúvida, ainda vai gerar muito debate e desenvolvimento na comunidade de criptomoedas. A tecnologia avança e, com ela, novas soluções e necessidades vão se apresentando — trazendo mudanças que teremos que acompanhar de perto.

Rafael Cockell

Administrador, com pós-graduação em Marketing Digital. Cerca de 4 anos de experiência com redação de conteúdos para web.

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