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Fenwick contestou processo sobre suposta ajuda à fraude da FTX

O escritório de advocacia Fenwick & West está enfrentando uma nova ação coletiva que o acusa de ter um papel crucial na fraude que abalou a exchange de criptomoedas FTX e provocou seu colapso. Recentemente, os usuários da FTX solicitaram ao tribunal que atualizasse seu processo, iniciado em 2023, citando novas informações provenientes de um caso de falência e de um processo criminal que, segundo eles, mostram que a Fenwick teve uma participação significativa na execução da fraude.

Em resposta, a Fenwick apresentou um documento a um juiz federal na Flórida, defendendo que o pedido dos usuários deve ser considerado improcedente. O escritório argumenta que a teoria de que teria ajudado a FTX a perpetrar a fraude é, na verdade, “simplista e falha”. Segundo a Fenwick, eles atuavam apenas como advogados, prestando serviços jurídicos comuns e rotineiros, sem qualquer conhecimento sobre atividades fraudulentas.

### Processo usa “informações ultrapassadas”, diz Fenwick

Essas novas acusações surgem de uma ação coletiva mais ampla, movida por usuários da FTX após o colapso da exchange no final de 2022. Além da Fenwick, o grupo já havia processado celebridades e empresas que colaboraram com a troca de criptomoedas, embora tenha retirado a ação contra o escritório de advocacia Sullivan & Cromwell por falta de provas.

O escritório Fenwick contesta a atualização das denúncias, descrevendo-as como “intempestivas” e fundamentadas em informações que já estão disponíveis há anos. Para eles, as alegações são enganosas e não acrescentam nada de valor ao caso. Eles também apontaram que as acusações contra o Fenwick são semelhantes àquelas feitas anteriormente contra a Sullivan & Cromwell, que foram retiradas após uma investigação concluir que o escritório não tinha conhecimento da fraude.

### “Caracterização falsa” das alegações de executivo da FTX

Outro ponto colocado pela Fenwick diz respeito ao testemunho de Nishad Singh, engenheiro-chefe da FTX. Durante o julgamento criminal de Sam Bankman-Fried, cofundador da FTX, Singh afirmou que a Fenwick sabia e ajudou a encobrir irregularidades com os fundos de clientes. No entanto, a Fenwick nega essa afirmação, alegando que eles apenas aconselharam sobre a estruturação de empréstimos, prática comum entre empresas privadas como a FTX.

Além disso, o escritório destacou que várias testemunhas do julgamento afirmaram que a fraude ocorreu sem o conhecimento até mesmo dos advogados internos da FTX e de outros profissionais que trabalhavam em estreita colaboração com a empresa.

### Fenwick rejeita novas alegações de valores mobiliários

A Fenwick também se manifestou sobre novas acusações que envolvem a promoção do Token da FTX (FTT), afirmando que tais alegações violariam leis de valores mobiliários em Flórida e Califórnia. O escritório alegou que essas acusações são absurda e frívola, argumentando que poderiam ter sido apresentadas muito antes.

No documento, a Fenwick fez uma crítica ao grupo autor da ação, afirmando que a inclusão dessas novas alegações é uma tentativa de contornar uma decisão anterior do tribunal, que já havia rejeitado as acusações a respeito das celebridades que promoviam a FTX. Para o escritório, essa nova abordagem não passará ilesa pelo tribunal.

Rafael Cockell

Administrador, com pós-graduação em Marketing Digital. Cerca de 4 anos de experiência com redação de conteúdos para web.

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