A Fenynx chegou com tudo ao Brasil e já conquistou um espaço na B3, a Bolsa de Valores de São Paulo. O que eles estão trazendo? Uma proposta inovadora: oferecer crédito usando bitcoin e ativos digitais, tudo em um ambiente super regulado.
Os fundadores, Lucas Montanini e Luan Rodrigues, já têm experiência no mundo das fintechs, tendo criado a Live On, que foi comprada pelo Banco Modal e depois integre-se ao grupo XP. A ideia deles agora é unir o mercado tradicional com o universo cripto. Para isso, eles desenvolveram uma infraestrutura de crédito que usa blockchain, garantindo compliance e governança de forma eficiente.
A estreia da Fenynx foi marcada por um evento simbólico na B3, onde foi feito o “toque da campainha” para marcar a listagem de tokens representando as participações dos primeiros investidores-anjo. Isso significa uma nova era para o mercado brasileiro, permitindo liquidez em investimentos que estão em estágios iniciais. Esse é um passo importante para resolver um dos principais problemas do venture capital no Brasil: a dificuldade em negociar participações de forma estruturada.
Além disso, a Fenynx fez algo inédito no Brasil: a primeira operação de crédito bancarizado com garantia em bitcoin. Eles reuniram originação, custódia, análise de risco e securitização em um único sistema. Os clientes podem usar bitcoin, stablecoins e, em breve, ativos tokenizados como garantia para acessar crédito — tudo sem precisar vender seus ativos, evitando assim complicações tributárias.
A operação é feita com um monitoramento inteligente de risco e análise de perfil, tudo em conformidade com as normas exigidas por instituições financeiras. Isso permite que o crédito seja liberado rapidamente e com segurança. O tomador pode receber os valores em reais, stablecoins ou dólares, o que é um grande diferencial para quem investe em diferentes mercados.
A plataforma da Fenynx é desenhada para ser facilmente integrada, permitindo que bancos, escritórios de investimento, plataformas de BaaS, corretoras e fintechs ofereçam crédito baseado em ativos digitais sem precisar construir suas próprias tecnologias. Essa abordagem tem como objetivo acelerar a inclusão de ativos digitais no mercado brasileiro e melhorar o acesso a produtos financeiros mais avançados.
Nos próximos dois anos, a Fenynx planeja lançar mais funcionalidades. A opção de usar bitcoin como garantia já está disponível, mas em março de 2026, o foco vai se expandir para stablecoins, e no segundo semestre, para ativos tokenizados como imóveis e commodities. Essa estratégia visa criar novas oportunidades de liquidez para setores que costumam ser mais lentos, como a construção civil e crédito corporativo.
A empresa conta com um time de consultores com background em fintech, regulação, pagamentos e criptoeconomia. Eles acreditam que ativos digitais podem e devem ser vistos como colateral, assim como imóveis e recebíveis. Para Montanini, há uma enorme quantidade de ativos digitais no Brasil que podem ser transformados em liquidez de forma segura e dentro de um ambiente regulado.
Com todas essas novidades, a Fenynx se posiciona de forma inovadora no cenário brasileiro, unindo blockchain e crédito estruturado, e mostrando que o Brasil está pronto para avançar na adoção institucional de ativos digitais e encontrar novos caminhos para financiar sua economia digital.
