Inteligência artificial promete transformar o mercado de day trade
As conversas sobre trading mudaram muito nos últimos tempos. A chegada da inteligência artificial (IA) trouxe novas dinâmicas, e agora muitos se perguntam: será que o day trade está com os dias contados?
Estudos recentes apontam que essa transformação já está em andamento. Um dos tópicos em alta é a Inteligência Artificial Geral (AGI), que pode ser a grande responsável por essa revolução. Embora ainda não exista na prática, o desenvolvimento de máquinas autônomas que operam em mercados financeiros está cada vez mais próximo da realidade.
Atualmente, vemos uma automação crescente no trading. Empresas como Jump, Wintermute e GSR têm dominado os mercados, e a mudança também impactou o universo das criptomoedas. Para se ter uma ideia, em 2024, mais de 70% das operações em exchanges como Binance e Coinbase eram feitas por algoritmos, não por traders humanos. Essa transformação não só acelerou o processo de execução das ordens, mas também extinguiu a lucratividade dos investidores de varejo, especialmente em momentos de alta volatilidade.
Nova IA e o fim do day trade
O trading de alta frequência já revolucionou o mercado de ações e, com o tempo, a lógica desse tipo de operação se espalhou para o setor de criptoativos. O resultado é um ambiente onde bots, especialmente os com inteligência artificial, superam em eficiência os traders humanos. Durante o auge dos memecoins na Solana em 2024, esses bots foram rápidos na tomada de decisões, enquanto os humanos muitas vezes ficavam paralisados pela ansiedade e incerteza.
Esses sistemas atualmente já limitam as oportunidades para o trader comum. Com cada avanço técnico, novas formas de operação surgem que tornam cada vez mais difícil competir em condições justas. E se a AGI se tornar realidade, o cenário poderá mudar radicalmente.
Tecnologia avança para ultrapassar operações humanas
O que diferencia a IA atual da futura AGI é o potencial de aprendizado. Enquanto os modelos de IA atuais são bons em tarefas específicas, como analisar dados de mercado ou identificar tendências, a AGI deverá ser capaz de aprender diversas atividades com pouca orientação e se adaptar rapidamente a novos cenários.
Nas finanças, isso significaria conseguir ler dados on-chain, interpretar sinais econômicos e até avaliar riscos políticos—tudo em tempo real. Teóricos alertam sobre o que chamam de ‘Paradoxo da Eficiência Perfeita’. À medida que todos operarem com o mesmo nível de inteligência, as ações tradicionais de trading poderão ser inviabilizadas. Os preços mudariam tão rapidamente que os humanos não conseguiriam acompanhar.
Market Makers de IA no mercado financeiro
As alertas sobre essas mudanças vêm sendo discutidas há anos. Economistas como Alex Krüger falam de um futuro com mercados super eficientes. Um cenário onde a margem de erro é mínima, e a maioria das operações é realizada por sistemas automatizados, foi descrito por figuras importantes na indústria, como Vitalik Buterin. Esta crescente automação significa que a função dos humanos nas mesas de trading já está mudando.
Contudo, isso não quer dizer que os humanos vão desaparecer. O foco deve se deslocar para a supervisão de risco e interpretação de eventos que não se encaixam nos modelos automatizados. Com mais agentes de trading operando de forma autônoma, as ferramentas de IA já pesquisam mercados e ajustam estratégias sem necessidade de intervenção manual.
Dados indicam que o mercado de bots de trading com IA pode atingir cerca de US$ 75,5 bilhões até 2034. Essa realidade já está moldando o futuro do trading e, a cada dia, nos aproxima de um novo paradigma.





