O valor do Bitcoin (BTC) está fugindo das oscilações: atualmente é negociado a US$ 113.066 e com um volume diário que beira os US$ 64,1 bilhões. Mesmo com uma leve queda de 0,50% nas últimas 24 horas, ele continua sendo o rei das criptomoedas, com uma capitalização de mercado que chega a US$ 2,25 trilhões. Será que podemos esperar novas altas além da marca de US$ 120.000?
Musk apoia o BTC
Recentemente, o clima no mercado bitcoiniano melhorou quando Elon Musk deixou claro que não abandonou sua defesa pelo BTC. Isso foi em resposta a um relatório do Wall Street Journal que mencionou seu projeto ‘America Party’. Ele se manifestou no X, dizendo que “nada do que o WSJ diz deve ser considerado verdadeiro”. Lançado em julho, o projeto visa colocar o Bitcoin como base de reformas nas finanças.
Billionários como Mark Cuban e Tim Draper já se manifestaram a favor da ideia. Draper comentou que espera que Musk consiga aliviar dívidas e regulações para a criptomoeda. Embora Musk tenha negado qualquer parceria com J.D. Vance para uma campanha em 2028, ele reafirmou seu compromisso político com o Bitcoin. Isso pode ser um sinal positivo para os investidores, pois indica um suporte político que pode elevar a demanda.
Binance e integração com stablecoins
Por outro lado, a Binance está dando um passo importante com a migração do seu programa de farming para USDT, focando na Plasma Bitcoin Stablecoin Network, que lança sua mainnet em setembro junto com o token XPL. Essa mudança ocorre em um momento onde o programa já alcançou um limite de US$ 250 milhões em menos de uma hora, oferecendo 2% em USDT e mais 1% do suprimento total do XPL.
A Plasma conta com o apoio de nomes como Peter Thiel, cofundador do PayPal, e Paolo Ardoino, CEO da Tether. O objetivo é dominar a infraestrutura de stablecoins através de transações privadas e pagamentos isentos de taxas. Com a gigantesca base de usuários da Binance, essa integração pode aumentar a liquidez entre as stablecoins e o Bitcoin, potencialmente fortalecendo o papel do BTC como camada de liquidação em DeFi.
Principais pontos a considerar:
- A integração entre Binance e Plasma deve reforçar a liquidez entre stablecoins e BTC.
- A demanda já está alta, com US$ 250 milhões preenchidos rapidamente.
- O apoio regulamentar do GENIUS Act nos EUA pode facilitar produtos de rendimento.
Análise técnica do valor do BTC
O cenário atual exige cautela, mesmo que não indique uma tendência de baixa definitiva. O preço permanece abaixo da média móvel simples (SMA) de 50 dias, situada em US$ 116.150, após ter sido rejeitado em US$ 124.450. Alguns analistas notam a formação de um padrão chamado “cabeça e ombros”, com uma linha de pescoço em US$ 112.000. Uma quebra abaixo desse nível pode levar o preço até US$ 108.000 a US$ 105.150.
Os indicadores técnicos também sugerem cautela. O RSI está em 41, o que mostra espaço para novas quedas. Por outro lado, o MACD continua negativo, apontando para a pressão vendedora.
Ainda assim, o quadro maior parece favorável. Desde junho, o Bitcoin tem registrado fundos ascendentes. Os dojis em US$ 113.000 refletem hesitação, e não uma capitulação. Caso consiga romper a marca de US$ 116.150, o sentimento no mercado pode mudar rapidamente, abrindo caminho para toques em US$ 120.900, US$ 124.450, e até US$ 127.540.
Para o traders, as possibilidades são claras:
- Fechamentos abaixo de US$ 112.000 indicam uma tendência de venda até US$ 108.000 a US$ 105.000.
- Por outro lado, uma recuperação para valores acima de US$ 116.000 sugere compras mirando preços entre US$ 124.000 a US$ 130.000.
O sentimento para o longo prazo continua otimista. Aproximadamente 300 instituições já detêm 3,67 milhões de BTC, ou mais de 17% da oferta total. Isso reforça a ideia de que as correções fazem parte de um ciclo maior que pode levar a novas máximas.
