O Goldman Sachs está projetando uma nova fase de crescimento no mercado financeiro, e o foco dessa vez são as stablecoins. Essa classe de criptomoedas, que é atrelada a ativos estáveis como o dólar, vem ganhando destaque e promete se transformar em uma verdadeira “corrida do ouro” para investidores, segundo informações divulgadas por uma publicação nesta quarta-feira (20).
Atualmente, o setor de stablecoins movimenta cerca de US$ 271 bilhões. No entanto, os especialistas do banco acreditam que isso é apenas o começo. Estima-se que a stablecoin USDC, da Circle, poderá crescer 40% ao ano até 2027, o que representaria um aumento significativo, mais de US$ 77 bilhões a mais no valor de mercado.
Esse crescimento não vem do nada. O mercado global de pagamentos, onde as stablecoins poderiam se encaixar perfeitamente, movimenta impressionantes US$ 240 trilhões por ano. As stablecoins, assim, têm um vasto campo de expansão, principalmente para facilitar transações financeiras em ambientes digitais.
O interessante é que esse segmento ainda está em grande parte inexplorado. Muitas das operações com stablecoins hoje são impulsionadas pela compra e venda de criptomoedas, além da busca de pessoas que desejam se expor ao dólar mesmo estando fora dos Estados Unidos.
Além disso, um dos responsáveis pelo Tesouro dos EUA, Scott Bessent, também vê potencial nas stablecoins. Ele acredita que elas podem se tornar uma fonte importante para a demanda de títulos do governo, ajudando a lidar com a nova dívida emitida pela administração americana. Ele já está conversando com emissoras de stablecoins, como a Tether (USDT) e Circle, buscando maneiras de expandir a emissão de títulos de curto prazo que atendam a essa nova demanda crescente.
Enquanto isso, o cenário financeiro dos Estados Unidos está em transformação e as criptomoedas estão se tornando protagonistas nesse processo, com o objetivo de integrar cada vez mais as inovações digitais ao sistema tradicional.
