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Europol desmantela mixer e apreende R$ 155 milhões em Bitcoin

A Europol fez um grande anúncio nesta segunda-feira (1º) sobre uma operação contra um mixer de criptomoedas chamado Cryptomixer. Durante essa ação, a agência não só derrubou o site do serviço, mas também apreendeu cerca de R$ 155 milhões (ou 25 milhões de euros) em Bitcoin, além de 12 terabytes de dados.

Mas, você sabe o que é um mixer de criptomoedas? Basicamente, esses serviços quebram o rastro de transações anteriores ao misturar a moeda com outras, tornando mais difícil rastrear as origens. Embora muitas pessoas usem essas plataformas em busca de privacidade, elas são frequentemente utilizadas por criminosos, o que tem despertado a atenção das autoridades. Em 2022, os Estados Unidos foram pioneiros ao impor sanções contra um mixer de Bitcoin, e desde então, o cerco mundial contra esses serviços tem se intensificado.

Europol fecha mixer de Bitcoin

A operação contra o Cryptomixer ocorreu entre 24 e 28 de novembro e contou com a colaboração das autoridades da Suíça e da Alemanha. Como resultado, três servidores foram apreendidos, e o domínio do mixer foi desativado.

O que mais chamou atenção foi a quantidade impressionante de dados e bitcoins apreendidos. Mais de 12 terabytes de informações e mais de 25 milhões de euros em Bitcoin foram confiscados. Depois de desativar o serviço ilegal, as autoridades tomaram uma medida simbólica: colocaram um banner de apreensão no antigo site.

Os responsáveis pela operação ressaltaram que o Cryptomixer “facilitava a ocultação de fundos criminosos para grupos de ransomware, fóruns da economia underground e mercados da dark web”. Isso envolve uma gama de crimes, como tráfico de drogas, tráfico de armas, ataques de ransomware e fraudes com cartões de pagamento. Desde a sua criação em 2016, estima-se que mais de 1,3 bilhão de euros (cerca de R$ 8 bilhões) tenham sido misturados através desse serviço.

As autoridades explicaram que usuários do mixer depositavam fundos que eram reunidos por um período aleatório e, em seguida, redistribuídos para endereços de destino em momentos também aleatórios. Isso é o que torna o serviço atraente para quem busca anonimato, mas também um alvo para ações legais. Eles mencionaram que serviços como o Cryptomixer são frequentemente utilizados por criminosos para “lavar” seus ativos antes de trocá-los em corretoras de criptomoedas, facilitando a conversão em moeda fiduciária.

Em um esforço educativo, as autoridades lançaram um vídeo onde comparam o funcionamento do mixer com o manuseio de dinheiro físico. Embora o conteúdo visual não tenha sido muito elaborado, a analogia foi uma forma de tentar esclarecer como funciona essa prática no mercado de criptomoedas.

Rafael Cockell

Administrador, com pós-graduação em Marketing Digital. Cerca de 4 anos de experiência com redação de conteúdos para web.

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