O Bitcoin começou julho com força total, superando a marca de US$ 108.000 nesta quarta-feira (2). Essa alta ocorre logo após a divulgação dos dados de emprego nos Estados Unidos, que mostram uma economia em desaceleração.
Os números divulgados pela ADP indicam que o setor privado perdeu 33 mil empregos em junho. Essa redução revela um cenário complicado para a economia americana, o que pode levar o Federal Reserve (Fed) a reconsiderar suas políticas de taxa de juros.
Segundo a ferramenta FedWatch, os investidores estão apostando em três cortes de 0,25% nas taxas em setembro, outubro e dezembro. Se isso acontecer, pode ser que o Bitcoin viva mais um rali de Natal este ano.
Dados de emprego dos EUA mostram economia desacelerada
O Banco Central dos EUA geralmente foca em duas métricas para estabelecer sua taxa de juros: a inflação e os dados de emprego. Atualmente, a inflação está em 2,4%, bem perto da meta de 2% estabelecida pelo Fed.
Os dados de emprego divulgados mostram que a economia americana está se contorcendo. Os empregadores cortaram 33.000 empregos em junho. As perdas mais significativas foram nos setores de serviços profissionais, educação e saúde, enquanto as áreas de lazer, hospitalidade e manufatura tiveram um crescimento.
Com as expectativas do mercado apontando para um aumento de 99 mil empregos, o resultado decepcionante impulsionou a alta do Bitcoin, que já está se antecipando a possíveis mudanças na postura do Fed.
Bitcoin pode viver novo rali de Natal em 2025
A valorização recente do Bitcoin está ligada à esperança de que o Fed volte a ajustar suas taxas. Com cortes nas taxas de juros, investidores podem mudar seu foco da renda fixa para ativos de maior risco, como o Bitcoin.
De acordo com a ferramenta CME FedWatch, a expectativa é que o Fed mantenha as taxas inalteradas na reunião de julho, mas indique cortes para os meses seguintes. Isso poderia ser um cenário positivo para a criptomoeda.
O Bitcoin possui um histórico forte nos meses de outubro e novembro. Portanto, a tendência de valorização pode começar bem antes do último corte.
Nos primeiros seis meses do ano, o Bitcoin teve quatro meses positivos e apenas dois negativos. Analistas acreditam que a criptomoeda pode ultrapassar suas máximas históricas em 2025, com estimativas que chegam a US$ 200.000 ainda este ano.
Enquanto isso, o mercado observa de perto o desenrolar desses eventos, buscando não só entender o comportamento da criptomoeda, mas também as implicações na economia global.
