O iShares Bitcoin Trust (IBIT), o ETF de Bitcoin gerido pela BlackRock, atingiu a impressionante marca de 700 mil BTC. Essa conquista vem apenas um ano e meio após o fundo ser lançado, em janeiro de 2024. Com isso, os ativos sob gestão do IBIT valem quase 75,6 bilhões de dólares com as cotações atuais.
O que chama a atenção é que, agora, esse fundo se tornou o terceiro em receita da BlackRock, superando o iShares Core S&P 500 ETF (IVV) e o iShares Russell 2000 ETF (IWM). Embora esses ETFs mais antigos tenham mais ativos no total, as taxas de administração mais baixas ajudam a explicar como o IBIT subiu rapidamente na classificação.
Essa notícia vem após duas semanas robustas de investimentos no IBIT, que, segundo dados da Farside Investors, atraiu 52,8 milhões de dólares nesse período. Para se ter uma ideia, o ETF concorrente, o Fidelity Wise Origin Bitcoin Fund (FBTC), conseguiu apenas 12,3 milhões de dólares.
O que isso significa para os traders
Rajiv Sawhney, um especialista em gestão de portfólio na Wave Digital Assets International, acredita que esse marco pode afetar todo o mercado de ETFs. Ele destacou que a base de investidores que escolhem o IBIT tende a ser mais estável, ou seja, compradores que mantêm suas posições por mais tempo. Isso pode resultar em menor volatilidade para o Bitcoin em comparação com ciclos anteriores.
Nos últimos meses, essa mudança se reflete em uma queda constante na volatilidade implícita e realizada do BTC. Sawhney aponta que o aumento na popularidade dos ETFs, como o da BlackRock, é um dos fatores que contribuem para isso.
Para investidores que costumam lucrar com a alta volatilidade — como formadores de mercado e fundos de hedge — essa tendência de estabilidade pode não ser positiva. Ele espera que, nos próximos meses, a dinâmica continue a mesma, com traders começando a olhar para ações de empresas engajadas com criptomoedas, como a Metaplanet, do Japão, ou a Circle, gigante das stablecoins.
