Cinco criptomoedas mais populares entre brasileiros, segundo Webull.
Os investidores brasileiros estão cada vez mais focados em cinco principais criptomoedas, mesmo com a grande variedade disponível no mercado. Recentemente, a plataforma Webull revelou que os ativos digitais mais populares entre os brasileiros são Bitcoin, Ethereum, Solana, XRP e AAVE. Esses dados mostram que existe uma busca crescente por segurança financeira em tempos de incertezas econômicas.
Apesar de mais de 240 criptomoedas estarem acessíveis, a preferência continua sendo por esses cinco tokens. A solidez que cada um deles construiu ao longo dos anos influencia essa escolha. O Bitcoin, por exemplo, ainda é visto como a principal reserva de valor. Já o Ethereum se destaca por ser a base de contratos inteligentes e aplicações descentralizadas.
A Solana chama a atenção pelas transações rápidas e taxas baixas, enquanto a XRP mantém uma base fiel de usuários no Brasil. A AAVE, por sua vez, se destaca por ser uma plataforma de finanças descentralizadas que facilitou a presença de empréstimos digitais. Essa preferência não se deve apenas à especulação; muitos investidores adotam essas criptomoedas como parte de uma estratégia de diversificação.
Com as oscilações do dólar e variáveis fiscais, muitos brasileiros buscam alternativas para proteger seu patrimônio. Nesse cenário, os criptoativos surgem como uma opção prática para “dolarizar” recursos de maneira direta e sem complicações.
Investidor brasileiro não é iniciante
Um ponto interessante é que a maioria dos brasileiros que investem em criptomoedas já possui alguma experiência. O relatório da Webull mostra que muitos desses investidores transfere recursos de contas e corretoras internacionais, indicando um público que movimenta valores significativos para aproveitar as oportunidades no Brasil.
Além disso, tem crescido o número de investidores mais novos. Eles costumam começar com depósitos menores via PIX e aos poucos aumentam suas posições. Esse cenário mostra que a base de clientes é diversificada, mas todos têm algo em comum: a busca por ativos confiáveis.
É válido notar que, mesmo com o acesso direto às criptomoedas, muitos brasileiros ainda preferem optar por ETFs, que são fundos lastreados em ativos digitais. O ETF de Bitcoin da BlackRock, por exemplo, está entre os mais negociados na plataforma, junto com outros fundos de índice e dividendos. Essa escolha reflete um desejo por segurança e regulação ao entrar no mercado cripto.
Esse crescente interesse pelas criptomoedas também é significativo: estima-se que mais de 25 milhões de brasileiros já tenham lidado com ativos digitais, enquanto apenas 5,5 milhões investem em ações na bolsa. Esse quadro explica porque o Brasil foi o primeiro país entre os 14 onde a Webull atua a oferecer a negociação de cripto. Há uma percepção clara de que a demanda local pode impulsionar o crescimento do mercado, mesmo em tempos desafiadores.
Comportamento influenciado pelo medo
Outro aspecto que a Webull analisou foi como o medo influencia as decisões dos investidores. Os maiores picos de negociação ocorreram em momentos de incerteza, como durante a alta do dólar ou um aumento inesperado do IOF. Nessas circunstâncias, muitos correram para proteger seu patrimônio, enviando recursos ao exterior e investindo em cripto.
Essa dinâmica mostra que a diversificação de investimentos deixou de ser apenas uma estratégia calculada e passou a ser uma resposta emocional em tempos de crise.